A insegurança alimentar, ou melhor, a fome é uma condição já recorrente na vida das populações mais pobres, parcela que cresce diante da crise capitalista. Segundo pesquisa da PNAD, Pesquisa Nacional de Amostragem de Domicílios, as mulheres são mais vulneráveis a passar fome no Brasil. Tal pesquisa reforça o caráter podre do sistema capitalista, não só pelos seus resultados, mas também em comparação com o retrospecto das pesquisas anteriores, em que, “coincidentemente”, o índice estava em baixa durante os anos do governo do PT e veio a ter um acentuado acréscimo após o golpe de estado.
O índice mediu a qualidade e as quantidades de comida disponíveis para as famílias comandadas por homens e por mulheres, e pessoas autodeclaradas negras ou pardas. A pesquisa retirou suas amostras do POF, Pesquisa de Orçamentos Familiares, dos anos de 2017 e 2018 e foi divulgada essa semana pelo IBGE. A pesquisa mostrou que a maioria das famílias cujas referências eram mulheres, negros e pardos sofreram de insegurança alimentar durante algumas vezes nos anos de 2017/2018, o que não é verdadeiro para as famílias de homens e brancos.
Os dados foram organizados em grupos de nível de insegurança, de leve à grave, ou seja, da falta de garantia de acesso à comida no futuro, ao extremo, em que a redução na alimentação atinge todos os membros da casa, incluindo as crianças.
A conclusão encontrada sugere que as famílias comandadas por mulheres possuem maiores índices de fome, de insegurança alimentar grave, que as comandadas por homens, 51,9% contra 48,1%. A análise dos dados demonstra que em todos os níveis, as mulheres são maioria em comparação com os homens.
A piora dos índices da pesquisa é um reflexo inequívoco da destruição provocada pelo golpe de estado. O que resultou na ascensão de Bolsonaro, um fascista inimigo das mulheres, ao poder. O ataque às mulheres e aos seus direitos é uma das linhas centrais do governo, o que vem se aprofundando mesmo durante a atual crise econômica e sanitária.
Esses ataques são ainda mais alarmantes se considerarmos o contexto atual, em que, a burguesia e a direita se aproveitam para transferir seus prejuízos aos trabalhadores, especialmente às mulheres, que ocupam postos de trabalho já fragilizados. Isso mostra que a saída é a luta contra o golpe e contra o fascismo. A luta pela organização das mulheres por seus direitos, contra o fascismo e contra o golpe!
É preciso denunciar que as mulheres estão cada vez mais vulneráveis, e que a burguesia e a direita as atacam em meio a uma pandemia e uma crise econômica, inclusive usando delas para nos atacar! É por isso que a palavra de ordem Fora Bolsonaro é necessária! Fora Bolsonaro e todos os golpistas! Eleições Gerais com Lula candidato!