O ataque aconteceu nesse final de semana, na cidade de Bonito (MS) em um festival dedicado ao Jazz e ao Blues. Na madrugada de sábado (27) para domingo, a cantora Gal Costa já havia estimulado a plateia a entrar no coro de “ei, Bolsonaro, vai tomar no c*”. Seguindo esse acontecimento, a banda “BNegão & Seletores de Frequência” teve o show interrompido pela PM, que ordenou que o som fosse cortado, após a banda criticar duramente o presidente. BNegão havia criticado Bolsonaro, falando contra a violência policial e condenando os ataques às aldeias Wajapi, no Amapá. Pessoas da plateia afirmaram que a polícia chegou de forma truculenta, expulsando as pessoas.
Como se isso não fosse suficiente, a prefeitura de Bonito soltou nota de repúdio às criticas feitas pelos músicos. O prefeito Odilson Arruda Soares (PSDB) publicou a nota de repudio nas redes sociais e no site da prefeitura, dizendo que as críticas feitas pelos artistas foram “desrespeitosas”. Ele justifica que o evento é promovido pelo estado do Mato Grosso do Sul e não teria viés político.
A prefeitura de Bonito, enviou um comunicado pelo site Campo Grande News:
“A Prefeitura de Bonito entende que todos tem direito a expressão, mas não concorda com manifestações explícitas de lados políticos, ou mesmo desrespeito aos atuais governantes durante o evento, seja por artistas contratados e pagos com recursos públicos federais, estaduais e municipais, ou por parte do público presente”.
Está bem claro que a situação política se agrava e a ditadura de Bolsonaro se consolida a cada dia que passa e é preciso reagir à altura dos acontecimentos. Essa ação da polícia é típica de um governo ditatorial e vemos que a direita dita “moderada” (PSDB) prefere se aliar à extrema direita e ao fascismo, ao se aliar a partidos de esquerda. Se as lideranças de esquerda não mobilizarem a população de forma ativa, esses ataques da PM se tornarão cada vez mais frequentes e em breve teremos a policia batendo na porta de nossas casas, questionando porque participamos de dado ato contra o presidente. Faz pouco tempo, três policiais armados com fuzis invadiram uma reunião do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), enquanto planejavam um ato contra Bolsonaro.
O único caminho é mobilizar pelo Fora Bolsonaro e por Eleições Gerais com Lula candidato.





