A propaganda imperialista critica Cuba, com frequência, pela dificuldade e alto custo de acesso à internet naquele país. Cinicamente, atribuem o motivo a uma postura ditatorial do governo cubano. O que ela não informa, entretanto, é que este problema se deve justamente ao bloqueio econômico imposto pelos EUA a Cuba, que impede que empresas ao longo do mundo liguem conexões até a ilha cubana, seja por fibra ótica ou via satélite.
O governo cubano tem tentado melhorar a situação a partir de parcerias com países que não se curvam aos embargos, como a Venezuela – que ligou um cabo de fibra ótica na ilha – a Rússia – que conecta os sinais de 3G por seus satélites, e a China. Recentemente, também o Google tem tentado contornar o embargo, assinando acordos com Cuba para instalar servidores na ilha.
Entretanto, devido à conectividade reduzida, o governo dá prioridade de acesso à internet a serviços estratégicos, educação, jornalistas e outras necessidades. Até recentemente, a população conseguia acessar a internet por meio de hotspots públicos oferecidos pelo Estado, com sinal lento e instável, ou assinaturas telefônicas 3G caras. A partir desta semana, a estatal cubana de comunicações ETECSA passou a permitir, também, que empresas privadas e indivíduos se conectem à sua infraestrutura, ou seja, instalem provedores e redes privadas de comunicação.
Este é mais um passo de Cuba na tentativa de contornar o embargo norte-americano, que impede um fluxo mais rápido de dados entre a ilha e a rede mundial de computadores. Mesmo assim, devido ao bloqueio imperialista, ainda é comum que muitas páginas internacionais não possam ser acessadas a partir de um IP cubano.