Fazenda comprada pela população vinda de varias localidades de São Paulo e do Brasil, o bairro de Vargem Grande completou, neste ano, 30 anos e seu aniversário é sempre comemorado nos meses de junho ou julho.
Esse bairro conta, nos dias de hoje, com cerca de 40 mil moradores, sendo praticamente, de operários, tais como, metalúrgicos, vidraceiros, da construção civil, químicos, bem como, diversos outros ramos de atividades.
São trinta anos de luta por ter uma moradia digna, porem, a situação desses moradores que, praticamente fizeram todo o planejamento de ruas e enquadramento de lotes etc. é de total abandono, tanto da prefeitura quanto do governo.
No bairro, a maior parte das ruas está sem pavimentação, não existe canalização de esgoto. A água, considerada a melhor do estado de São Paulo, limpa, sem cheiro e incolor, não é utilizada pelos moradores dali. Conforme relato de moradores, a água tem um gosto horrível, a cor chega a ser marrom, na caixa d´agua, em pouco tempo acumula um lodo etc.
Após inúmeras reclamações à empresa Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), empresa privatizada pelo governo do golpista João Doria Junior e do prefeito Bruno Covas, ambos do PSDB, um agente foi até o local para verificar sobre a denúncia e disse que a água estava boa, no entanto foi solicitado ao responsável pela coleta que bebesse a água, coisa que os moradores faziam até pouco tempo, quando retiraram os dois reservatórios que existia no bairro, porém o agente da Sabesp se negou a bebê-la.
Os moradores, quando ameaça a chover, correm para levantar seus móveis, pois as casas são inundadas. O povo do bairro de Vargem Grande está isolados do resto da capital, pois a situação do transporte é sofrível, quando se necessita de um socorro, de uma ambulância, por exemplo, é um deus nos acuda. Em primeiro lugar, o sistema de telefonia não existe. Em segundo lugar, a demora de chegar uma ambulância é muito grande, além de não haver nem um posto de pronto atendimento. Para se ter uma ideia, no posto do Sistema Único de Saúde (SUS) existente não há médico suficiente, nem para atender 10 mil pessoas, quanto mais 40 mil. E os médicos não atendem nenhuma especialidade. Para passar por uma única consulta demora de quatro meses a um ano, ou seja, um tratamento de uma doença específica pode durar um eternidade, porque daí é que se encaminha para um outro local da doença que se tenha. Você pode espernear, dizer que é de extrema urgência o seu tratamento, não adianta, é o que se ouve dos atendentes. É uma lastima, disse uma das moradoras.
Apesar de os golpistas de plantão, no governo e na prefeitura de São Paulo não darem a mínima atenção a essa população (maior que muitos municípios), no aniversário do bairro fazem toda uma demagogia com os também golpistas da “Família Leite”, ou seja, os Miltons Leite (DEM) da vida que, na Câmara Municipal de São Paulo, vem atacando todos os direitos dos trabalhados do Município, como o fizeram, às vésperas do final do ano de 2018, com o aumento da contribuição previdenciária do município.
Esses golpistas já disseram, em audiência pública, através do promotor Ricardo Cesar, que os invasores (apesar de todos os moradores terem pagos os seus lotes e de a constituição dizer que todos devem ter direito à moradia), serão retirados do bairro de Vargem Grande, “por bem ou por mal”.





