No último domingo (28 de julho), o secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo se queixou na sua conta do Twitter por ter uma visita sua ao Irã recusada pelo governo iraniano. Antes, já havia afirmado em uma entrevista que estaria disposto a ir a Teerã “falar diretamente com o povo iraniano sobre o que a liderança deles fez e como prejudicou o Irã”.
O governo iraniano, porém, não tem nenhum interesse em permitir que um membro do regime imperialista dos EUA se dirija ao seu país e faça uma mentirosa campanha de difamação à sua população. Daí a recusa a Pompeo.
A tensão entre os dois países vem aumentando desde maio de 2018, quando os norte-americanos saíram do acordo internacional chamado “Plano de Ação Conjunto Global” (JCPOA), que visava chegar a um acordo sobre a questão nuclear do Irã. Após a saída, os EUA reimpuseram sanções econômicas ao Irã que haviam sido retiradas com a criação do acordo, procurando tirar o país asiático do mercado financeiro global.
Desde então, como resposta à ação dos EUA, o Irã tem enriquecido urânio em níveis acima dos permitidos pelo acordo. Além de testes com mísseis e outros exercícios militares visando ao fortalecimento das defesas do país.
A afirmação de Mike Pompeo e a vontade de “visitar” o Irã veio quando, em uma visita à ONU na última semana, o ministro das Relações Exteriores no Irã, Mohammad Javad Zarif, afirmou que os EUA estariam provocando, através das sanções, “terrorismo econômico” contra seu país.
É preciso denunciar e se colocar contra os ataques e a ingerência do imperialismo nos países atrasados. Além disso, devemos exigir a retirada de sanções e bloqueios econômicos promovidos principalmente pelos EUA contra todos os países que se colocam minimamente contra seus interesses, pois esta é uma política assassina contra os povos dos países sancionados.