Os Estados Unidos seguem como a principal economia capitalista do mundo, medindo forças com todo o continente Europeu. Mundialmente temida, a economia americana está em verdadeiro frangalho, é uma bomba relógio, prestes a explodir a qualquer momento, gerando danos muitos superiores aos de 2008, arrastando consigo todos as demais potências capitalistas.
A grande propaganda de que existe crescimento econômico pós 2008 é uma farsa. Um conto para boi dormir. A desigualdade está aumentando a doses cavalares. Em 40 anos de crescimento produtivo, a renda da população mais pobre dos Estados Unidos cresceu só 200 reais a mais, isso quando cresce.
Os grandes polos industriais dos EUA são sombras do que um dia já foram. A primeira siderúrgica da Carnegie, que já foi a maior empresa nesse ramo, a Edgar Thomson, funciona desde 1872, mas hoje emprega 550 operários, uma pequeníssima fração dos milhares que já trabalharam ali.
A Carnegie era umas das empresas mais importantes do mundo, fazendo da Pensilvânia, a maior região produtora de ferro do planeta. Hoje o estado faz parte do cinturão enferrujado, região que engloba as principais potências industriais de outrora ( Michigan, Indiana, Ohio, Illinois, Missouri, Pensilvânia e Virgínia Ocidental).
O Relatório da Desigualdade Global mostra como a participação econômica da classe média e da população mais pobre vem decaindo cada vez mais, para ceder lugar ao forte crescimento dos mais altos setores da burguesia.


Lou Berry, operário aposentado ilustra bem como se dá esse congelamento da renda dos trabalhadores. “Em 1979, quando ainda havia muitos empregos ligados a sindicatos, trabalhava na Westinghouse Electric e ganhava US$ 8 a hora. Podia comprar o que quisesse”,”Trinta e cinco anos depois, meu salário no hospital era de US$ 8,50 a hora. Muitas vezes tive de escolher entre remédios ou alimentos.”.
No setor domiciliar, a dívida dos americanos também vem aumentando, já chegam a 13,5 trilhões de dólares, 1 trilhão a mais do que a dívida em 2008.
Essa realidade de penúria e endividamento é mais forte nos jovens, que se endividam antes mesmo de entrar no mercado de trabalho. São 45 milhões de norte-americanos que devem no total 1,5 trilhões de dólares.
Em 50 anos, a produção americana aumentou em 77%, já o valor médio da hora trabalhada em todas as camadas aumentou somente 12%. O salário mínimo segundo esses cálculos hoje deveria ser 20 dólares a hora, e não 7,25 como é atualmente.
A enorme propaganda da restauração da economia americana não passa de uma encenação, desde 2008 o capitalismo não conseguiu se reerguer. Se continuarem a tapar o sol com a peneira as crises políticas – que já pipocam no mundo inteiro- vão generalizar o sistema mundial.





