Bolsonaro tem feito diversos ataques ao Inpe, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, no que diz respeito os danos sobre o desmatamento da Amazônia. “Tenho a convicção que os dados são mentirosos”; “poderiam não estar condizentes com a verdade”; “prejudicam e atrapalham o País”; “esses dados servem para quê?”, são algumas das frases que têm soltado o presidente nos últimos dias.
Essas declarações são ataques não somente contra à comunidade indígena, que teve duas lideranças waiãpi assassinadas no último sábado (27) por 50 garimpeiros em Pedra Branca, no Amapá, mas também às universidades à ciência.
Bolsonaro tem protagonizado um ataques violento contra as universidades públicas, maiores responsáveis pela produção científica do país, suas declarações deixam evidente suas intenções de privatizar tudo o quanto antes. Os estudantes são justamente um dos setores que mais vem reagindo ao governo Bolsonaro, com grande manifestações nos dias 15 e 30 de maio, mas nem por isso o ataque do governo tem se abrandado.
Trocou-se o ministro da educação; Ricardo Veléz por Abraham Weintraub, mas a política só piorou, esse novo ministro tem continuado a política de intervenção nas universidade públicas, nomeando reitores sem consultar a comunidade acadêmica, e agora criando o projeto Future-se.
Esse projeto é basicamente a privatização das universidade públicas. As Universidade Federais serão controladas por grande investidores através das “fundações” que darão os poderes de administrar os recursos das universidades chegando até dar nome para os campus. Em suma, estão sendo postas à venda.
O objetivo de Bolsonaro e seus ministros é de submeter a ciência à sua vontade, como Osmar Terra, Ministro da Cidadania, que censurou uma pesquisa da Fiocruz de custo de 7 milhões pois a pesquisa contradizia as afirmações do ministros sobre o uso de drogas no Brasil.
Com essa política generalizada de destruição da ciência brasileira por parte do governo, a luta dos estudantes e da comunidade acadêmica em geral não pode se restringir à meras pautas parciais, mas sim uma luta para derrubar de vez o governo Bolsonaro.





