O projeto “Future-se”, dos golpistas, visa tirar a responsabilidade do governo federal do repasse de verba para com as universidades federais. As próprias universidades devem ir captar seus recursos, com as Organizações Sociais (OS).
Esse projeto pretende entregar o patrimônio acumulado pelo sistema federal de ensino ao mercado especulativo. O MEC (Ministério da Educação) pode doar bens imobiliários da União para financiar um fundo gerido pelas organizações privadas.
O projeto é o começo da privatização dos recursos da universidade pública para o setor do ensino pago, é o fim da pesquisa, da extensão e das bolsas de estudo.
O conhecimento é um dos grandes patrimônios de um povo, o desenvolvimento científico e tecnológico é desenvolvido pela universidade pública. Um dos planos dos golpistas é alimentar os bancos com cada vez mais recursos retirados da educação, que é um dos maiores orçamentos da União.
E não tem saída mágica (ou parlamentar) para impedir que esses ataques se perpetuem. O desenvolvimento da situação está aí, diminuir drasticamente investimentos (PEC 55) e atacar de forma direta o orçamento das instituições (contingenciamento/cortes), para que elas recorram à iniciativa privada.
É preciso que as direções de partidos, líderes e movimentos sociais superem sua própria paralisia e chamem suas bases às ruas de forma contínua, que é a partir de onde podemos impor a vontade do povo e combater essas medidas neoliberais.
É preciso que, mais do que nunca, se denuncie o desenvolvimento da situação, evidenciando seu aprofundamento. Somente as ruas vão barrar todas essas privatizações.