Nesse mês de setembro, no meio da crise do governo Bolsonaro e de todo regime político golpista, a burguesia está manobrando para passar a Reforma Administrativa com o apoio do STF, que quer aumentar ainda mais o salário obsceno que ganham para apoiarem mais um duro ataque contra população. A reforma, que é o roubo dos servidores públicos e em especial dos servidores de piso mais baixo, está longe de ser apontada para a casta da alta burocracia estatal, nesse caso os magistrados.
O aumento é de 1/3 dos que os ministros do supremo já ganham. Sendo que, em média, o custo de cada magistrado está em torno de 50,2 mil reais. Será aumentar, de forma bruta, 16,7 mil reais de cada ministro. Somando, isso daria um custo de 108 mil reais, mais o custo que já chega à casa dos milhões que possui hoje o STF. É um rombo gigantesco, que causará um efeito cascata da burocracia estatal sobre a população, trazendo consequências ainda mais nefastas para o povo.
Essa proposta descarada foi um “pedido” da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) para “valorização da magistratura”, o que não faz o menor sentido. Essa proposta do STF é um mecanismo de pressão para continuar passando as reformas neoliberais impostas pelo golpe de Estado, sem que estas a toquem minimamente. É, literalmente, um suborno por parte do governo golpista para comprar a corte, afinal ele está sempre a venda para o imperialismo, para superar a crise interna do bloco golpista, favorecendo sua ala mais agressiva e imperialista.
Isso demostra a postura completamente patronal do governo. Trata-se, não de algo excepcional, mas uma política continua e imposta à força pelo imperialismo no golpe de Estado. Para o imperialismo, não seria ideal engordar nesse tanto uma burocracia estatal, pois para seus planos neoliberais deve-se depenar totalmente o Estado nacional. Porém no meio da gigantesca crise do regime político e do governo golpista de Bolsonaro, se arrastão concessões que não são nada mais, nada menos, que uma extorsão dos trabalhadores. Pode-se negociar, desde que o único prejudicado seja o trabalhador, para a burguesia.
A política de rapina sobre os trabalhadores, nesse caso os funcionários públicos de piso salarial baixo, sobre quem os golpistas propõem seus enormes saques, que chamam de “ajustes” e “reformas”, mas que não passa de uma forma de pilhar o Estado e de destruir as condições de vida dos trabalhadores, enquanto isso privilegiam castas da alta burocracia estatal que são apadrinhados da burguesia.