No último dia 13, a imprensa burguesa através da Globo/RPC, filiada televisiva no estado do Paraná, entrevistou o candidato do Partido da Causa Operária à prefeitura de Curitiba, Diogo Tadao Hara Furtado, logo após as convenções e da Conferência Estadual do partido no estado.
Na publicação da entrevista, ocorrida no dia seguinte, ao invés de transmitir a profissão informada do entrevistado, artista gráfico, publicou-se como artista plástico. Seu segundo nome, Tadao, de origem oriental, tornou-se “Tadão”. Além da falta de atenção na transcrição das falas, com palavras repetidas, sem clareza, mostrando total desleixo ao divulgar as ideias do partido à prefeitura da capital paranaense.
Estes traços, desleixo e alterações, apesar de algumas terem passado por correção após o pedido do partido, foram divulgados incontáveis vezes em diversas páginas e jornais virtuais da internet da mesma maneira que a primeira publicação, já que boa parte da imprensa burguesa replicou a matéria do G1, sem se atentar nas correções posteriores. Assim, como esperado, nos demais, os dados não passaram por correção.
Do mesmo modo, na televisão, a maneira em que a entrevista foi exposta, claramente denuncia o mesmo desdém dos órgãos burgueses, e o caráter manipulador sobre os interesses da classe operária. Além do sobrenome do candidato a vice-prefeito de Curitiba pelo PCO, Feris Boabaid, ter sido pronunciado de qualquer forma, sem atenção à pronúncia ou ao próprio candidato, o anúncio da candidatura dos vereadores da chapa para a capital, foi descaracterizado, como se fosse um anúncio criminal – “o partido definiu três candidatos a vereador: uma mulher e dois homens”.
Da maneira que, os dados e vídeo coletados pelo órgão, foram divulgados e publicados, é notório a marca do desdém às organizações da classe operária por parte da ideologia burguesa na imprensa capitalista. Informações como nome, profissão e fala dos candidatos do Partido da Causa Operária foram apresentados de forma no mínimo estranha se comparado à maneira clara que os candidatos da burguesia às administrações do Estado são expostos pela mesma imprensa.
Assim como, em incontáveis episódios eleitorais em que candidatos do PCO foram divulgados e comentados pela imprensa burguesa, a distorção de dados e má vontade, são traços recorrentes, já que, por mais que os candidatos possuam os mesmos 30 segundos, como o caso da presente entrevista, a igual duração não soluciona a luta de classes tenha-se que divulgar pronunciamentos de mesma duração nos canais abertos, o modo como é posto mostra completa oposição às obrigações democráticas.
Assim como, em incontáveis episódios eleitorais em que candidatos do PCO foram divulgados e comentados pela imprensa burguesa, a distorção de dados e má vontade são traços recorrentes, já que, por mais que os candidatos possuam os mesmos 30 segundos, como no caso da presente entrevista, o tratamento da imprensa para com o partido revolucionário é horrível.
Como se sabe, questões técnicas não soluciona um problema político. Finalmente, é notório que a burguesia quanto classe se opõe aos programas da classe operária e utiliza-se de todos os seus instrumentos para boicotar qualquer ascenso das organizações de esquerda, principalmente aos seus partidos, ainda mais se revolucionários, atuante na denúncia ao golpe, às prisões políticas, em defesa aos direitos políticos do povo e de Lula.
Portanto, o caminho para uma boa campanha política em prol do programa operário, de combate à burguesia, sobretudo, e somente, pode se desenvolver ao se apoiar na imprensa independente, de esquerda, operária e revolucionária. Cabendo a estas e por seus candidatos, defender o programa da classe operária para as eleições de 2020, tal como o Diário Causa Operária e a Causa Operária TV estão para os candidatos do PCO.