Da redação – Bolsonaro está processando Ciro Gomes por crime contra a honra. Na queixa-crime do “mito” contra o ex-candidato do PDT, Bolsonaro alega que “a sua ação [de Ciro], deliberada e gratuita, revelou uma vontade específica de magoar e ferir o amor-próprio”. Quem diria? A extrema-direita, que faz tanto alarde contra o “vitimismo”, aparece agora tentando sufocar a liberdade de expressão com alegações sobre “amor-próprio” ferido. Tornaram-se sensíveis…
As palavras que magoaram os sentimentos de Bolsonaro, um homem que defende a tortura de prisioneiros que não podem se defender, foram proferidas por Ciro Gomes durante uma entrevista para Jovem Pan FM, também conhecida como “Jovem Klan”, por causa de seus apresentadores direitistas. Na ocasião, o então candidato Ciro gomes declarou o seguinte:
“A JBS depositou R$ 200 mil na conta dele, Jair Messias Bolsonaro, deputado federal! E mais outro tanto na bolsa, na do filho dele. Ele, quando viu, resolveu estornar o dinheiro, não pra JBS. Eu, se tô indignado, o cara depositou na minha conta sem a minha autorização, eu devolvo pra ele, e mando ele pastar, pra não dizer aquela outra frase que termina no monossílabo tônico. Não, o que ele faz, ele devolve para o partido, que na mesma data entrega R$ 200 mil pra ele. O nome disso é lavagem de dinheiro. Simples assim”.
Magoado, Bolsonaro resolveu processá-lo. O “mito” está fazendo o que seus robôs chamam de “mimimi” nas redes sociais. É o mimito.