De novo o VAR: engenhoca é usada em lambança na decisão do titulo gaúcho

Temos insistido de maneira frequente neste Diário, através de várias matérias que tratam da temática da introdução do VAR (árbitro de vídeo) no futebol mundial, que o recurso eletrônico colocado em ação pela primeira vez na última competição mundial de seleções, a Copa do Mundo da Rússia, muito distante de funcionar como elemento para dirimir lances polêmicos, vem sendo usado  exatamente para o contrário, causando muito mais controvérsias, tumultuando as partidas e desfigurando o futebol, quebrando os ritmo das partidas e irritando muito todos os atores que lidam com o esporte; a saber, uma parte da imprensa, jogadores, técnicos e, obviamente, os torcedores.

Principalmente, vem se constituindo num fato extra jogo, capaz de interferir nos resultados em favos dos que controlam a burocracia e as poderosas maquinas do futebol.

Somente neste último final de semana o VAR roubou a cena em pelos menos quatro dos mais importantes campeonatos estaduais do país, intervindo nas partidas para criar situações ainda maior de insegurança, confusão e incertezas. O que temos visto é a intervenção desastrada dos que manipulam a engenhoca, que em nada tem contribuído para melhorar a sofrível – devemos reconhecer – arbitragem brasileira.

Nesta reta final dos campeonatos estaduais, várias federações adotaram o recurso eletrônico a pretexto de “auxiliar” a arbitragem de campo nas partidas decisivas. No Rio de Janeiro, em São Paulo e Minas Gerais, as partidas de volta estão marcadas para acontecer neste próximo final de semana. Todavia, no campeonato gaúcho, onde o título quase sempre é disputado por duas equipes que registram uma das maiores rivalidades do país (Grêmio e Internacional), a decisão ocorreu nesta quarta-feira, dia 18, na casa dos tricolor, o Grêmio. A primeira partida, realizada no final de semana passado, terminou empatada, sem abertura de placar.

Em campo, duas equipes absolutamente rivais. Partida tensa, pegada e como todos os “grenais”, com muitas provocações de ambos os lados. Futebol mesmo que é bom, os dois times ficaram devendo. O Grêmio, por jogar em casa e empurrado por sua sempre presente e fanática torcida, tomou as iniciativas e criou jogadas de maior perigo. Num dos lances de ataque, Bruno Cortez caiu na área e reclamou pênalti da arbitragem. O juiz não quis se comprometer e foi consultar o VAR, que confirmou a existência do pênalti (inexistente). A marcação gerou uma intensa polêmica, com um tumulto generalizado, ficando a partida interrompida por 14 minutos. O árbitro de campo expulsou o argentino D’Alessandro e o técnico do colorado, Odair Helmman, que se recusou a deixar o campo e foi conduzido para fora pela Brigada Militar, a sempre truculenta PM gaúcha.

Portanto, mais um vez, numa partida decisiva, valendo título, reunindo duas das mais importantes equipes do país, o famigerado árbitro de vídeo “entrou em campo” não para solucionar nada, não para dirimir nada, não para levar alguma segurança, mas para criar ainda mais polêmica e incertezas. O pênalti assinalado pelo VAR foi cobrado e o goleiro Marcelo Lomba, do Internacional, fez grande defesa, mantendo o placar empatado, que assim  permaneceu até o apito final.

Com a decisão indo para os pênaltis, o Grêmio acabou levando a melhor, pois estava com a pontaria mais calibrada do que os executores do colorado gaúcho. O Grêmio conquistou o seu trigésimo oitavo título estadual, sendo, portanto, o bicampeão gaúcho, pois também levantou o título de 2018, diante do Brasil, de Pelotas.

O registro negativo, obviamente, ficou mais um vez por conta do VAR, que vem se consolidando como o grande inimigo do excepcional futebol brasileiro, no exterior e, agora, no Brasil.

 

 

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