Depois de um acordo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o ministro-juiz Sérgio Moro foi ao Senado defender seu projeto de “lei anti-crime”, com isso abriu caminho para a tramitação do projeto sem esperar a sua tramitação na Câmara e o grupo de trabalho instalado para discutir o projeto.
Entre outras coisas, essa lei estabelece que policiais podem não precisar cumprir pena nenhuma por homicídio se comprovarem que estavam agindo “sob forte emoção” ou “medo”.
Sem a lei de Moro em vigor, A PM já é responsável por cerca de 20% dos assassinatos nas grandes cidades do País, segundo dados oficiais. Com ela, teríamos a institucionalização da chacina, a legalização de esquadrões da morte. É uma política de terror estatal contra os trabalhadores e a população pobre para conter as massas pelo medo diante do programa neoliberal do governo de extrema-direita, que pretende privatizar, aumentar o desemprego, acabar com serviços públicos, destruir a educação, impor o fim do direito à aposentadoria.
Dados divulgados pela imprensa, apontam que apenas no mês de marco desse ano, a Polícia Militar de São Paulo matou 48% a mais do que no mesmo período do ano passado. Apenas entre a sexta-feira e o sábado passados, foram nada menos que 11 assassinatos.
Dados também divulgados sorrateiramente pela grande imprensa capitalista apontam que a PM paulista matou mais dos que a polícia dos 50 estados dos Estados Unidos somados e que a polícia no Brasil é a campeã mundial em assassinatos, superando todos os países do mundo.
Para Moro, isso ainda é pouco. Em recente visita a um evento de segurança no Rio de Janeiro, defendeu a política de extermínio que o governo fascista daquele Estado, Wilson Witzel, já estaria inclusive pondo em prática com a utilização de franco-atiradores. “Precisaria saber melhor a que o governador está se referindo. O fato é que um policial não precisa esperar levar um tiro de fuzil para reagir. Mas é preciso averiguar em quais circunstâncias ocorreria essa autorização para o disparo a distância”, disse.
Por isso o governo Bolsonaro deve ser derrotado enquanto o momento é favorável. É um erro fundamental de consequências muito graves a esquerda não defender o Fora Bolsonaro! Esse é o clamor popular. Essa é a única saída progressista para o país e para todo o povo.