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Trabalhadores devem aproveitar a crise em torno da Reforma da Previdência para derrotá-la de fato

A famigerada ‘reforma’ da Previdência proposta pelo desgoverno Bolsonaro poderia ser sintetizado em um único parágrafo: “os bancos privados passam a administrar os recursos destinados à atual Previdência Social, arrecadados diretamente da folha de pagamento. Os trabalhadores que se virem para fiscalizar sua aplicação”.  O resto é apenas para garantir que os bancos recebam por um tempo maior esses recursos e que, na prática, poucos consigam se aposentar de fato, ganhando muito menos que hoje.

Não enganam ninguém, nem mesmo sua própria base no Congresso Nacional. Os que defendem a reforma da Previdência ou são lunáticos seguidores do mito ou gente de má fé.

Os trabalhadores reagiram rapidamente e manifestações contra a proposta de sucateamento do sistema de previdência pública, e o fim da aposentadoria, se replicaram por todo o país. Os partidos de esquerda já se declararam abertamente contra e fazem circular centenas de áudios, vídeos, gráficos, palestras, entrevistas, artigos, esclarecendo a população sobre o engodo. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) disponibilizou uma calculadora que mostra o que representa, para cada cidadão, para cada trabalhador, a ‘Nova Previdência’, comparando-a com a atual. O resultado é sempre aterrador, escancarando a maneira como pretendem roubar recursos e impossibilitar, na prática, a aposentadoria de milhões de brasileiros.

Por sua vez, o governo continua investindo em propaganda, a imprensa fazendo seu papel de mentir para os cidadãos sobre a necessidade urgente e imediata de se promover uma reforma da previdência, ou melhor, de se aprovar ESTA reforma da previdência. O ministro Paulo Guedes ameaçou não pagar salário dos servidores caso a ‘reforma’ não seja aprovada. Alguns empresários, apoiadores e financiadores do golpe de 2016 e da eleição de Bolsonaro, agora estão ameaçando seus funcionários e dizendo que se a ‘reforma’ não for aprovada não haverá criação de emprego, que haverá aumento do desemprego.

Antes, bastava ‘tirar Dilma’ que o Brasil ia crescer, empregos iam se multiplicar, que a violência acabaria, que a corrupção seria coisa do passado. Não precisamos dizer que é bem o contrário disso tudo. No entanto, esse ajuste de discurso dos apoiadores do golpe, essa violência escancarada que estão utilizando para intimidar parlamentares e trabalhadores, tudo isso significa que não há batalha ganha, que a esquerda não pode dar por vencida uma batalha que mal começou.

Sim, a base do desgoverno está perdida, houve até ameaça do presidente da Câmara dos Deputados em abandonar o governo a própria sorte. Há loucos misturados com malandros, há palhaços ignorantes misturados com incompetentes alucinados, mas não quer dizer isso que não possam se ajustar e firmar um acordo, uma trégua, para cumprirem promessas e evitarem, e esse é um medo da direita e de parte do ‘centrão’, que a esquerda volte a crescer e coloque em risco o golpe.

Fora isso, também é importante lembrar que os militares estão no poder, que eles efetivamente governam. O vice-presidente, general Mourão, já se manifestou um tanto de vezes ser fundamental aprovar a ‘Nova Reforma’ da Previdência. Além disso, não vão abrir mão da oportunidade de ouro de aumentar seus vencimentos, oportunidade aberta exatamente pela ‘reforma’. Sim, pois aproveitaram a exigência de que os militares também sejam incluídos nas mudanças na Previdência para propor uma reestruturação na carreira dentro das FFAA. Ou seja, supostas mudanças nas regras de ‘aposentadoria’ para os militares são apenas uma farsa, o objetivo real é garantir um aumento substancial nos vencimentos dos oficiais.

Do mesmo modo, como não são atingidos agora, os magistrados não estão interessados em participar da disputa, na qual de um lado está o povo, os trabalhadores, e do outro os Bancos.

A mobilização é fundamental e deve ser permanente. A crise pela qual passa o governo Bolsonaro deve ser aproveitada para ampliar as divergências no bloco golpista, entre os apoiadores do capitão. As contradições devem ser ressaltadas e esclarecidas por nós.

O que não se pode fazer é baixar a guarda e acreditar que os próprios golpistas vão se derrotar, vão enterrar esta ‘reforma’ – e todo resto que o governo golpista vier a propor. O fato é que se não aumentarmos a pressão, eles podem se realinhar, com apoio da oligarquia e de setores que representam os interesses imperialistas, conduzir o país para o abismo, enquanto a imprensa tenta nos convencer de que estamos saindo de um.

Aproveitemos pois a crise que essa deforma provocou e vamos pressionar o governo golpista até ele cair. Os trabalhadores, insista-se, devem aproveitar o momento, mostrar força, fazer pressão, ir para as ruas, enfrentar os golpistas. Agora é hora. Sem recuos. Vamos derrotar Bolsonaro e sua gangue.

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