A cada iniciativa do governo dos EUA e de seus aliados golpistas, na Venezuela e em todo o continente latino americano, evidencia-se o caráter orquestrado da campanha que visa derrubar governo Nicolas Maduro.
Por detrás da farsa da ajuda humanitária, acentua-se cada vez mais as ações de provocação e preparativos militares para uma cada vez mais provável ação militar contra o povo venezuelano, diante da falta de apoio dos golpistas entre a maioria da população trabalhadora e no interior das forças militares bolivarianas.
A política do governo ilegítimo de Jair Bolsonaro é atuar em total sintonia subordinação com o imperialismo. Os militares, força cada vez mais dominante no governo golpista, postados em cargos fundamentais e com 8 ministros de um total de 22, chegaram a tal ponto de subordinação que o um general brasileiro está para assumir um cargo secundário de comando sul do exército norte-americano (SouthCom), “o primeiro oficial brasileiro a servir nessa função”, justamente no momento em que toda essa operação criminosa se desenvolve.
Os objetivos do imperialismo e da direita que golpista do continente súdita dos seus interesses é claro: derrubar o governo Maduro para impor um governo fantoche dos EUA que não oponha resistência ao roubo do petróleo, do ouro e demais riquezas do povo venezuelano e que imponha um retrocesso sem igual nas condições de vida daquele País, da mesma forma que buscam fazer os governos golpistas do Brasil, Equador, Argentina etc.
Diante dessa ofensiva, não há meio termo possível para partidos e lideranças de esquerda, no que diz respeito à ofensiva do imperialismo norte-americano contra a Venezuela.
Quem não se coloca contra a intervenção imperialista e na defesa do governo Maduro, eleito por quase 70% do eleitorado que compareceu às urnas para votar (em uma eleição facultativa), está na prática em uma frente com o imperialismo, alinhado à política de Donald Trump e de “mãos dadas” com Bolsonaro e os generais brasileiros batem continência para a bandeira norte-americana.
É preciso defender o governo Maduro, incondicionalmente contra os ataques do imperialismo, não apenas em palavras, mas em ações concretas de solidariedade. A ofensiva imperialista não se dá no mundo das palavras, mas na vida real. É preciso opor resistência na prática a isso, por meio da mobilização dos trabalhadores e da juventude e de suas organizações de luta.
Começando por uma ampla campanha nos locais de trabalho, estudo e moradia denunciando a agressão em curso, a campanha reacionária da imprensa golpista “nacional” e internacional contra o povo venezuelano e latino americano. É preciso realizar debates, atos e todo tipo de atividade que sirva mobilizar contra essa ofensiva.