A urgência e a gravidade da situação venezuelana estão reveladas na notícia mais recente, de que Maduro deu ordem às Forças Armadas para se mobilizarem para a fronteira com a Colômbia de modo a repelir uma invasão militar.
O presidente venezuelano ordenou aos militares que apresentem um plano especial de mobilização contra o que chamou de “planos de guerra” de Donald Trump e do presidente colombiano, Iván Duque.
Em um ato público com o alto comando das Forças Armadas, Maduro pediu que avaliassem “que novas forças” seriam necessárias para que a fronteira do país seja “inviolável, imbatível, inexpugnável” e “para já”. A ordem foi dada após a reunião mantida por Trump e Duque, na qual o presidente norte-americano reiterou que considera “todas as opções” diante da crise na Venezuela e advertiu Maduro dizendo que este comete “um grande erro” ao impedir o ingresso de carregamentos de alimentos e remédios enviados do estrangeiro a título de “ajuda humanitária”.
A luta entre o povo e o imperialismo não é uma luta de caráter puramente nacional. É uma luta inteiramente internacional. E é particularmente importante quando se trata da América do Sul e da América Latina.
A Venezuela é um país vizinho do Brasil, tem um governo nacionalista que enfrentou o imperialismo (ainda que limitadamente), e está sob ataque do imperialismo. O ataque ao povo venezuelano é um ataque aos povos de todo o mundo e em particular da América Latina.
A Venezuela é a pedra de toque da luta contra a extrema-direita no Brasil e na América Latina.
Uma parcela da esquerda nacional se alinha com o imperialismo na questão da Venezuela. Todas as forças políticas que não se colocam claramente contra a invasão da Venezuela ou estão a favor dela ou estão capitulando miseravelmente diante da ofensiva da extrema-direita.
O que acontece na Venezuela é decisivo para o Brasil. É preciso mobilizar os trabalhadores brasileiros contra a intervenção imperialista na Venezuela e para derrotar o governo golpista de Jair Bolsonaro.