Rombo nas contas públicas

Banqueiros aumentam campanha pelo “enxugamento do Estado”

É preciso que os trabalhadores se mobilizem para barrar esta verdadeira ofensiva econômica da burguesia que quer fazer com que os trabalhadores paguem pela crise

Na última semana o Ministério da Economia do governo Bolsonaro, por meio do secretário do tesouro, o direitista Bruno Funchal, afirma que até o final do próximo mandato presidencial, entre 2026 e 2027, as contas públicas permanecerão com déficit; o que não passa de mais uma justificativa da burguesia para não usar o dinheiro do estado para suprir as necessidades da população.

Na sua explanação, a direita indica que o “rombo” em 2020 se aproxima dos 800 bilhões de reais, valor que no entanto o povo sequer viu ser aplicado minimamente para seu socorro em meio à pandemia, não vimos testes serem comprados ou produzidos para testagem em massa, o mesmo podemos dizer dos materiais de higiene e proteção que os próprios trabalhadores tiverem que produzir precariamente para si; o mesmo quanto aos hospitais que não foram reforçados nem novos foram construídos, etc.

Ou seja, tudo foi feito no sentido de gastar o mínimo possível com o povo, o que justifica perfeitamente a política adotada pela burguesia pelo “fica em casa”, que consiste em reprimir a população, impedindo quaisquer mobilizações populares contra o genocídio promovido pela direita na pandemia, o que se confirma com mais de 130 mil mortos.

Por outro lado, enquanto o povo era obrigado a ficar em casa sem qualquer assistência suficiente ou obrigados a trabalhar expostos ao vírus para não morrerem de fome; a burguesia resolveu colocar os seus esforços na salvação dos capitalistas, que logo no início da crise receberam do estado mais de um trilhão de reais, enquanto o povo se humilhava em filas da Caixa Econômica Federal para receber míseros R$600 reais de auxílio que mal serve para manter uma pessoa.

Esta mesma burguesia que tanto tinha para os bancos hoje fala em déficit nas contas públicas, e com esta desculpa justifica roubos incalculáveis ao povo e coloca toda a conta das crises capitalistas nas costas da classe trabalhadora como aconteceu com a reforma da previdência. Também é com este tipo de falsificação que a burguesia tenta empurrar as privatizações, acabar com os direitos dos trabalhadores e servidores públicos, etc.

Isto na verdade é parte de uma conhecida campanha da burguesia em defesa do “enxugamento do Estado”. Essa campanha, intensificada durante a ofensiva golpista, tem como objetivo forçar o Estado a gastar o mínimo possível com aquilo que diz respeito aos interesses reais do povo. Isto é, que, ao invés de construir hospitais e vacinar o povo, a direita possa dizer que “é preciso equilibrar as contas” e, portanto, negue aquilo que deveria ser direito da população.

Além de diminuir os investimentos do Estado em áreas fundamentais, os mesmos defensores do “estado mínimo” defendem que o Estado gaste bastante com aquilo que é de interesse dos capitalistas. Isto é, a polícia, o exército e os bancos são agraciados ao mesmo tempo em que a saúde, a educação etc, como interesses do povo, são largados ao relento.

Isso revela os planos do imperialismo para o Brasil, que não é de fazer um acordo para combater a pandemia, nem de fazer um acordo pela democracia; o que a direita quer é tirar a pele do trabalhador. Por isto é preciso que os trabalhadores se mobilizem para barrar esta verdadeira ofensiva econômica da burguesia que quer fazer com que os trabalhadores paguem pela crise, bem como pela derrubada deste governo golpista e inimigo do povo.

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