Nas redes sociais, o Ministério da Educação do ilegítimo Jair Bolsonaro fez um comunicado digno de comentário de coxinha no Facebook.
O jornalista d’O Globo, Ancelmo Gois, denunciou em sua coluna que o MEC censurou vídeos da esquerda que abordavam assuntos como marxismo, movimento LGBT etc. da TV INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos) bem no início do mandato de Jair Bolsonaro.
No comunicado, Gois é acusado de ter fugido na década de 60 para a União Soviética, que teria sido defendido por esse país que o teria protegido e lhe fornecido identidade falsa. Gois também foi acusado de ter sido treinado em marxismo e leninismo na Escola de Formação de Jovens Quadros do Partido Comunista Soviético. Sem falar da propaganda anticomunista do comunicado que usa calúnias ao falar que a KGB da União Soviética manipulava informações e desaparecia com pessoas, métodos que eram utilizados pela ditadura militar brasileira defendida pelo mesmo MEC.
Essa nota do MEC parece muito com um direitista qualquer de Facebook ou Whatsapp. O colunista Ancelmo Gois do jornal burguês e golpista O Globo é tratado como se fosse um subversivo. “Denúncias” muito semelhantes eram feitas nos atos coxinhas a favor do impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, quando os tucanos direitistas foram expulsos do coxinhatos. O comunicado do MEC é típico de um bolsonarista que acha que todo mundo que não concorda com ele é esquerdista, mas o mais bizarro é que tal texto foi produzido e divulgado pelo Ministério da Educação, um importante órgão estatal, ainda mais da área da educação.
O governo de Bolsonaro representa a subida da espécie de direitistas na história do Brasil. É como se os direitistas que comentam nas matérias do G1 subissem ao poder. Para se ter uma ideia, o “olavista” Ricardo Vélez Rodríguez foi escolhido por Bolsonaro para ser o Ministro da Educação. Realmente, a nota do MEC deve ter sido escrita por um dos discípulos alucinados do astrólogo Olavo de Carvalho.