O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço operacional do Ministério Público no Rio de Janeiro (MP-RJ), prendeu ontem (22) integrantes de uma milícia na zona oeste da cidade. Entre os presos estão um major e um ex-tenente.
Esses milicianos agem como grupo de extermínio na região além de cobrarem por serviços de segurança, controlam venda de botijões e cestas básicas, venda de cigarros e rede de TV a cabo e internet e estão fazendo grilagem de terra. As milicias cariocas depois de cobrar por vários serviços, agora estão fazendo grilagem de residências e terrenos baldios.
Os milicianos se apropriaram de imóveis do Minha Casa Minha Vida em Itaguaí, eles entravam nos conjuntos habitacionais, expulsavam os proprietários e colocavam moradores que lhes pagassem taxas. Eles também se apropriavam de residências e terrenos vazios no município, loteavam esses espaços, cobravam aluguéis, vendiam e colocavam em nomes de terceiros próximos a eles.
Essa região do Rio de janeiro, que tem importantes municípios como Itaguaí, Niterói, São Gonçalo e Maricá, que faz parte da região Metropolitana é uma área de atuação de milícias, e reconhecida pela violência policial. Em 2011 foi nesta região na, Cidade de Niterói que foi assinada a Juíza Patrícia Acioli, por policias de Batalhão de São Gonçalo, depois da denúncia e prisão feitas pela juíza, de 60 policiais ligados a milícias e grupos de extermínio.
A intervenção militar no Rio de Janeiro não diminuiu a violência, pelo contrário, intensificou-a, pois, encoraja ainda mais ação destes grupos criminosos e do aparato repressivo oficial aos quais estão vinculados, como neste caso, na chacina da Rocinha e na execução da vereadora Marielle Franco e seu motorista.