Diante da posse legítima do presidente Nicolás Maduro, a direita venezuelana e internacional iniciou uma nova etapa golpista contra o governo bolivariano.
Uma forte campanha foi feita para tentar deslegitimar Maduro, especialmente na imprensa imperialista. Mas, além do forte esquema de propaganda, a direita deu início ao estabelecimento de instituições paralelas e – essas sim – ilegítimas, para, com o apoio crescente do imperialismo, tentar tomar o controle do Estado.
Assim, o falso e ridículo “tribunal” instalado em Miami e formado por mercenários direitistas adestrados pelos Estados Unidos, anunciou que não reconhecia o novo governo Maduro, não tendo a menor autoridade para isso, pois já existe um tribunal de justiça na Venezuela.
O mesmo foi feito pela Assembleia Nacional (Parlamento), em situação ilegal desde o final de 2015 quando deputados da direita foram eleitos de maneira fraudulenta e não foram reconhecidos, mas continuaram na Casa para que a direita tivesse maioria e pudesse bloquear todas as ações do governo. Com a eleição da Assembleia Nacional Constituinte, em 2017, muito mais democrática, a Assembleia Nacional perdeu o pouco que tinha de utilidade, mas continua até hoje tentando estabelecer um regime paralelo.
A Assembleia Nacional, novamente, não reconheceu Maduro como presidente do país, mas sim seu próprio presidente, o direitista Juan Guaidó. A Organização dos Estados Americanos (OEA) – braço tradicional do golpismo imperialista na região, cujo secretário-geral, Luis Almagro, inclusive sugeriu a invasão da Venezuela – reconheceu Guaidó como presidente, assim como o chamado Grupo de Lima (ou, melhor dizendo, Cartel de Lima). Tudo isso porque são órgãos controlados pelos EUA, para que Washington não diga que está sozinho no reconhecimento do ilegítimo Guaidó como presidente do país.
A estratégia da direita golpista é, a partir da Assembleia Nacional e com o apoio do imperialismo, reiniciar o processo de desestabilização do governo. Ela já anunciou medidas que não têm caráter constitucional porque está em desacato (mas servem como propaganda informativa e psicológica) nesse sentido, como a incitação para que militares desobedeçam o governo.
A intenção é abrir uma nova crise política, ainda mais aprofundada, bem como aumentar o boicote econômico. Com a desculpa esfarrapada da pretensa ilegitimidade de Maduro, a direita busca uma forma de derrubar o governo atraindo setores indecisos (como parte das forças armadas) e levando a uma “inevitável” intervenção imperialismo, inclusive no âmbito militar.