Na última semana teve início uma ação fascista realizada pelo governo bolsonaro contra assentamentos da reforma agrária na região do Extremo Sul da Bahia, utilizando-se de todo aparato estatal: INCRA, Polícia Federal, Militar e agora a Força Nacional.
A ação fascista realizada pela PM e pelo Incra tinha como objetivo inserir uma “família” formada de pistoleiros para causar uma enorme confusão dentro do assentamento que faz parte das famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Os pistoleiros inseridos pela PM e o Incra ficaram em um lote que estava vazio e durante a noite realizam uma ação para criar as condições de que a polícia militar e os bolsonaristas pudessem colocar a culpa no MST para iniciar uma enorme repressão.
Ficou evidente que a farsa montada serviu como tentativa de perseguir famílias e militantes do MST. A situação se tornou ainda mais escancarada com a nota emitida pelo INCRA, um dia depois do ocorrido, ameaçando as famílias de expulsão.
Nesta nota o INCRA afirma agora que irá “adotar providências administrativas e judiciais necessárias, respeitando o devido processo legal, caso fique comprovado o envolvimento de beneficiários da reforma agrária no crime” e que “as punições devem ser o cancelamento dos contratos de concessão de uso dos assentados envolvidos e a exclusão dos mesmos no Programa Nacional de Reforma Agrária, independente das demais medidas legais eventualmente cabíveis contra os acusados.”
Fica cada vez mais claro que toda a ação foi uma armação pra justificar a vinda da Força Nacional para a região para aumentar a repressão contra as famílias e o MST e impor a força a privatização e destruição dos assentamentos. O superintendente do INCRA sob a coordenação do secretário de Assuntos Fundiários Antônio Nabhan Garcia estão perseguindo lideranças de assentamentos e famílias que já estão assentadas que se colocam e denunciam a fraude da privatização dos assentamentos, ameaçando de expulsão.





