Na madrugada desta sexta-feira (23/11), o jornal “Folha de São Paulo” publicou uma entrevista concedida pelo general da reserva, Hamilton Mourão. Foi uma entrevista breve e objetiva, pois, como afirma o jornal, o mesmo se encontra com a agenda apertada.
Vale destacar que o jornal mencionou uma fala do general em 2007, que disse na ocasião que o Judiciário deveria “retirar da vida política elementos envolvidos em ilícitos, ou os militares teriam que impor isso”. A matéria relacionou ainda a fala já mencionada com o julgamento do habeas corpus de Lula pelo STF este ano, quando o general Villas Bôas declarou que a concessão do habeas corpus para o ex-presidente levaria a “uma situação fora de controle”, e as Forças Armadas teriam de intervir. Ouvindo isso, Mourão procurou fugir do assunto, alegando que o que Villas Bôas queria dizer era que isso “desataria um mar de paixões” que “não se saberia aonde ia terminar”.
Isso é uma demonstração de que os militares tiveram sua participação no processo fraudulento que levou o ex-presidente Lula à prisão, e na manutenção de prisão até hoje, de forma totalmente inconstitucional e fora da Lei.
Retiraram Lula das Eleições, pois sabiam que ele é a maior representação da luta contra o Golpe, capaz de mobilizar amplamente os movimentos de massa, e o único líder realmente de Esquerda que poderia ganhar as Eleições já no 1º turno.
Além disso, vale lembrar que os militares estiveram envolvidos na derrubada da Dilma, fato que deu início ao Golpe de Estado no Brasil, e desde então, estão cada vez mais evidentes na vida política do país e tomando o poder político gradativamente.
Desde o fim do Carnaval deste ano (2018), realizam a “intervenção federal” no Rio de Janeiro, sancionada pelo presidente golpista e ilegítimo, Michel Temer, o que, na verdade, é uma “intervenção militar” disfarçada.
O objetivo desta intervenção não é combater um suposto “aumento na escalada de violência”, mas sim, reprimir a revolta da população mediante a retirada de seus direitos e a piora das condições de vida impostas pelos golpistas.
Os militares, representados pela campanha de Jair Bolsonaro, ganharam as Eleições através de uma série de manipulações, censura, repressão e fraudes, conquistando cargos representativos como forma de “legitimar” o Golpe, sem possuírem uma real base popular e apoio do povo.
De qualquer forma, a tomada do poder pelos militares não é apenas uma mera “intervenção” na situação política, como procuram declarar. Trata-se de um Golpe Militar. É preciso dar nome aos bois. Os militares são golpistas e as diversas “intervenções” são a preparação do golpe.
Por isso é de suma importância fortalecer a luta contra o governo Bolsonaro e sua política de destruição dos direitos dos trabalhadores, das conquistas sociais, de retirada das riquezas nacionais! Fora Bolsonaro! Liberdade para Lula!