Na noite desta terça-feira (13), integrantes do grupo fascista Movimento Brasil Livre (MBL), atacaram memorial contra o feminicídio negro na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Respondendo ao ataque, os estudantes da universidade fizeram um cordão humano protegendo o memorial.
Sobre o ocorrido, um dos presentes enviou sua testemunha à redação desse jornal:
“Gente, boa noite o povo do MBL veio para UFBA fazer o enterro do PT passaram por toda UFBA de ondina ninguém deu bola ninguém se importou eles perceberam isso e foram para cima do memorial às vítimas de feminicídio para quebrar as cruzes derrubaram a cruz de Dandara aí a galera foi para cima monte de adolescente estimulado por um velho. Aí a galera fez um cordão humano para proteger as cruzes e começamos a ignorar eles. Eles começaram a atacar a gente e todo mundo protegendo o memorial.”
A intenção do grupo fascista era queimar o memorial junto aos dois caixões com os quais simulavam a “morte do PT”. Isso deixa claro que, além de serem favoráveis ao extermínio da esquerda, os integrantes do MBL são inimigos declarados do povo negro. A série de ataques bolsonaristas contra militantes de esquerda no segundo turno das eleições, teve as mulheres negras como um dos principais alvos, haja visto o estupro da estudante da Universidade Federal de Fortaleza (Unifor).
Os ataques fascistas aos diversos grupos de oprimidos e as manifestações da extrema-direita contra as organizações de esquerda devem ser frontalmente combatidas pelos mesmos movimentos de esquerda e pelo povo oprimido. Esse combate deve ser efetivado a partir da ação centralizada dos comitês de luta contra o golpe e contra o fascismo, destacando-se também, os comitês de autodefesa para a proteção contra a violência fascista – apenas com o embate direto levado pela esquerda é possível fazer recuar as tendências fascistas que crescem conforme a burguesia financia as forças contra-revolucionárias.