Com oito meses de intervenção militar no Rio de Janeiro, a cada operação feita nas comunidades do estado, fica claro qual real objetivo por trás da intervenção que carrega o véu da “segurança”. Nos últimos dias têm-se realizado operações por locais diversos do estado, mas é preciso relembrar que a intervenção no Rio acontece somente nas comunidades, onde está mais concentrada a população mais pobre do estado.
Portanto, o caráter das ditas operações em prol da segurança da população e contra o tráfico e a criminalidade, de nada mais servem senão para a repressão da própria população presente nestes locais. Isso se concretiza nos inúmeros casos ocorridos desde o inicio da operação e até o presente momento. As execuções brutais fazem parte do roteiro do exército que hoje comando o estado. Desde então, as ações de militares da PM e Exército têm se concretizado em suma contra o povo pobre e trabalhador, e esse é o objetivo para todo o país.
A exemplo disso está na ação da PM em uma das comunidades, que promoveu um verdadeiro massacre meses atrás ao fazer disparos indiscriminados em um baile funk que era composto por moradores da comunidade local, e a imprensa golpista no dia seguinte noticiar que houve confronto segundo afirmação dos policiais executores. Essa é a realidade vivida pela população, a ação do aparato repressor do estado está ali somente para massacrar essa população e garantir os interesses da burguesia.
É preciso lembrar também que a intervenção militar no Rio de Janeiro, desde seu princípio, foi um prelúdio para um possível golpe militar no país, que no Rio já vem se concretizando. Hoje essas condições já estão dadas, os militares já estão articulados por dentro das instituições, por isso o aprofundamento do golpe de Estado é parte crucial desse processo.
Contra a máquina de matar do Estado, pela formação de comitês de luta, que a população tenha o direito de se defender e organizar-se contra a repressão do Estado.