Da redação – Eleição sem Lula é fraude, e grande parte dos eleitores reconheceu esse fato. Quase 30 milhões de eleitores aptos a votar sequer apareceram para participar. É o maior número desde 1998. Os 3,5 milhões de títulos cancelados por causa do cadastro biométrico nem aparecem nessa conta. Entres os que foram votar, 3,1 milhão votaram em branco, e 7,2 milhões anularam o voto. No total, 27,32% dos eleitores não escolheram nenhum candidato, somando-se brancos, nulos e ausentes.
A imprensa burguesa chama essa fraude de uma “festa da democracia”. Uma festa que consiste em uma eleição da qual o principal candidato não participou. Lula liderava todas as pesquisas antes de ser retirado do processo eleitoral pela direita golpista servil aos interesses estrangeiros em detrimento dos trabalhadores. A festa é da própria burguesia, que procura legitimar uma eleição sem a participação popular como se os candidatos escolhidos pelas urnas eletrônicas fossem escolhidos pelo povo.
Mesmo que o resultado das urnas eletrônicas fosse confiável, as eleições já tinham mostrado antes serem fraudulentas com uma série de arbitrariedades contra os candidatos que representavam os trabalhadores, começando por Lula. O resultado é a eleição de um Congresso colocado em Brasília para atacar os trabalhadores, suas condições de vida e suas organizações políticas. Diante desse quadro, mais de um quarto dos eleitores preferiu nem escolher um candidato.