Nesta terça (dia 2), o Instituto Datafolha, do grupo Folha de S. Paulo, divulgou pesquisa realizada no próprio dia, na qual um dos aspectos mais marcantes foi o suposto crescimento de 30% da taxa de rejeição do candidato petista substituto de Lula, Fernando Haddad, que teria saltado de 32 para 41%, um acréscimo de cerca de 30%. Situação que repete o quadro mostrado pela pesquisa Ibope/Globo divulgada na véspera, que apontou um aumento de 11% na rejeição ao ex-prefeito de São Paulo.
As duas pesquisas buscam também induzir a idéia de que o candidato com reduzida rejeição e condições para derrotar o “mal maior”, o candidato-espantalho, Jair Bolsonaro, no segundo turno seria o candidato predileto do golpe, Geraldo Alckmin Este, por hora, ainda mantém-se estagnado em torno dos 10% ou tem ligeira oscilação positiva, dependendo da “pesquisa” divulgada.
Mostrando um quadro de otimismo dos especuladores e outros parasitas do mercado financeiro, o dólar recuou ao seu menor valor desde agosto (fechando a R$ 3,93) e a Bolsa de Valores subiu quase 4%, obtendo sua maior valorização diária em quase dois anos.
Esta aparente tranquilidade do “mercado” deixa evidente que a direita golpista está preparando um enorme ofensiva para consumar a fraude das eleições, fraudadas desde o começo da atual “campanha” eleitoral, realizada sob o golpe de estado, com o candidato mais popular e que a maioria do povo quer ver na presidência, o ex-presidente Lula, mantido como preso político e proibido até mesmo de das entrevistas.
Por trás da ilusão de setores da esquerda pequeno burguesa de que estaríamos a caminho de uma vitória eleitoral – até mesmo tranquila – da esquerda, o que temos é a execução de um plano traçado pela direita de controle total sobre o processo eleitoral e que se intensifica, sem reação real da esquerda, na medida em que se aproxima o pleito.
Os últimos lances da direita não pode deixar dúvidas para quem quer ver a realidade e não apenas agir em função de suas vontades e ilusões. A farsa da “frente antifascista”, do #elenão, com golpistas como Alkcmin, Marina, Globo, Veja etc. contra Bolsonaro; a nova onda de ataques contra o PT, seja pela delação fraudulenta de Pallocci, seja pelos ataques às sedes do partido e de seus aliados em quase todo o País, a manipulação das pesquisas e a preparação do maior esquema de manipulação e fraude das eleições, provavelmente, de todos os tempos.
O “mercado” pode ter motivos para estar provisoriamente “tranquilos”. Os explorados não.
A consumação da fraude das eleições – no primeiro e no segundo turno – além de confirmarem o que foi anunciado por amplas parcelas do movimento operário, há um bom tempo: “eleições sem Lula é fraude!”; também vai inaugurar uma etapa de novos ataques contra os trabalhadores e todo o povo brasileiro em favor dos grandes capitalistas internacionais, como os que há poucos dias “compraram” a R$ 0,34 o barril de petróleo do pré-sal leiloado pelo governo de Temer-Alckmin-Bolsonaro e demais golpistas e que agora, por certo, estão patrocinando a imensa máquina que esta se movimento para colocar no governo um novo carrasco do povo brasileiro.
A situação tende – cada dia mais – a confirmar que o golpe não pode ser derrotado em eleições viciadas e, tampouco, por meio das instituições que dominam o regime golpista, como judiciário. Só nas ruas, com os meios próprios da luta dos explorados, por meio da sua organização e mobilização independente da burguesia, será possível derrotar essa ofensiva.