As engrenagens da fraude eleitoral por parte dos golpistas estão a todo vapor. Pesquisa do instituto Brasilis divulgada nessa quarta (27) pela agência de notícias InfoMoney, vinculada ao Banco Itaú, apontam que o candidato dos “donos do golpe”, Geraldo Alckmin, já se encontra em 3º lugar, com 10% nas intenções de voto. O candidato do PT, Fernando Haddad, está em 2º, com 22% e Bolsonaro em 1º, com 27%.
Aparentemente, os dois primeiros colocados estariam em uma situação confortável a apenas 10 dias do primeiro turno, mas é justamente aí que está embutida a grande manipulação eleitoral a ser sacramentada nos próximos dias.
Os donos do golpe atacam em duas frentes. Contra Haddad, o STF acaba de cancelar 3,3 milhões de títulos de potenciais eleitores do então candidato Lula. Além disso, acentuou-se os ataques de Ciro Gomes contra Haddad, um tradicional candidato da burguesia sempre pronto a prestar serviço contra o PT, na perspectiva de dividir o eleitorado de Lula. Tem ainda que se considerar a possibilidade de uma denúncia bomba contra o PT e seu candidato.
Em outra frente, os golpistas manobram com a profunda rejeição popular a Bolsonaro. Para impulsionar a queda do candidato espantalho e possibilitar uma transferência de votos para o o verdadeiro candidato do golpe, a Rede Globo impulsiona o ato do próximo dia 28, “Mulheres unidas contra Bolsonaro”, colocando em ação seus artistas globais e todo uma plêiade de golpistas na campanha para reforçar a demonização do candidato cão raivoso. Há ainda as declarações absolutamente impopulares do vice de Bolsonaro, o general Mourão, um “fogo amigo” sempre disposto a acentuar o caráter direitista de um eventual governo do capitão.
Os próximos dias serão de definição. A burguesia, desde antes das eleições, já preconizava o que seria uma disputa ideal, uma disputa no centro, entre Alckmin e Ciro Gomes, mas o fator Lula “melou” seus objetivos.
Os tribunais e o Exército entraram em cena e fizeram cada um a sua parte para excluir o candidato do povo das eleições. Sem Lula as manobras foram facilitadas. As eleições foram transformadas em um verdadeiro circo mambembe, chegando ao ponto da própria esquerda entrar de cabeça no alçapão do dia 29. O dia em que “mortadelas” e “coxinhas” se unirão contra o mal maior, “contra o monstro que ameaça o país com o nazismo”.
E assim, os donos do golpe que não conseguiram emplacar o seu candidato contra o cordato Ciro, terão agora uma oportunidade muito mais vantajosa de “unificar” o país em torno do seu candidato contra o diabo em forma de gente.