Nos dias 14, 15 e 16 de agosto ocorreram as eleições para a nova Coordenação Executiva e o Conselho Fiscal da ADUNEB, para o biênio 2018 – 2020. A UNEB é a maior e principal universidade estadual da Bahia, com 24 campi presentes em todos os territórios da Bahia, inclusive em Salvador. O resultado das eleições apontou a derrota da chapa da atual diretoria da ADUNEB, a chapa da CSP Conlutas com a vitória da chapa de oposição- Chapa 2 – Renova ADUNEB.
“O pleito para Coordenação Executiva teve como números finais 302 votos a favor da Chapa 2; e 268 votos à Chapa 1 – Chapa da Categoria. Foram 8 votos nulos e 2 brancos. Já para o Conselho Fiscal, foi eleita também a Chapa 2, com 290 votos. A Chapa 1 teve 281 votos, sendo 6 nulos e 3 brancos.” (http://www.aduneb.com.br/noticias.php?news_not_pk=6591).
Nas eleições para a diretoria do Andes, já indicava a insatisfação da base com a política de apoio ao golpe por parte da diretoria do Andes e da própria ADUNEB, uma vez que, apesar do Renova Andes não ter tido nenhum docente da ADUNEB na chapa, venceu de maneira surpreendente nas urnas na UNEB, apesar da chapa da diretoria do Andes ter em sua composição em cargos chaves membros da ADUNEB. (representantes do PCB e PSOL).
A derrota da chapa da diretoria do Andes na ADUNEB é uma derrota acachapante da política sectária e ultraesquerdista da esquerda pequeno burguesa da CSP Conlutas, que transformou o maior sindicato estadual em um aparato político da Bahia completamente alheio aos interesses da categoria, recusando-se a lutar contra a direita golpista.
Além disso, é importante ressaltar que a CSP Conlutas perdeu a eleição em sua maior base na Bahia, tendo inclusive um alcance nacional, uma vez que no interior do Andes, a grande bancada das estaduais baianas, em especial da ADUNEB representou nos últimos tempos, uma base de sustentação artificial para o apoio ao golpismo. Não por acaso, o congresso do Andes foi realizado este ano na UNEB, visto como um reduto fechado da diretoria do Andes.
Os integrantes da esquerda pequeno burguesa baiana ( PSOL/PCB e quando havia o PSTU) sempre utilizaram demagogicamente os equívocos e erros ( reais ou imaginários) dos governos petistas na Bahia como uma espécie de Álibi para justificar a escolha do PT como inimigo principal. Assim, Rui Costa era pior governador da face da terra e a política anti-petista estava mais que justificada.
A esse respeito, basta conferir os discursos proferidos nos eventos do Andes, os votos contrários dos delegados das estaduais baianas para que o Andes reconhecesse a existência do golpe. Diante do fracasso gritante da diretoria do Andes, perdendo eleições nos sindicatos das federais do Rio de Janeiro, Pernambuco, Brasília, e acuado pela mobilização da base contra o golpe, as Ads estaduais baianas passaram a representar a fortaleza da política ultra sectária e pró-golpe no Andes. Na pratica essa política, aparentemente “ radical” representou uma frente única com a direita reacionária golpista
A mobilização nacional e a criação de um comitê de luta contra o golpe muito atuante na UNEB colocou em xeque a política conservadora da diretoria do Andes e da sucursal na AdUNEB. A vitória da chapa Renova ADUNEB, que tem como coordenadora geral, a docente Ronalda Barreto Silva representa um importante passo para recuperar a ADUNEB e o próprio Andes como um instrumento de luta da categoria.