Nessa quarta-feira, a candidatura do ex-presidente Lula foi registrada em Brasília. O registro foi feito em meio a um ato gigantesco na capital do país, que foi resultado da mobilização dos trabalhadores em todos os Estados do Brasil. No entanto, mesmo registrada e apoiada amplamente pela população, a candidatura de Lula não está a salvo da sabotagem da direita golpista.
No mesmo dia em que foi registrada a candidatura de Lula, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que é um capacho do governo golpista, pediu a impugnação do ex-presidente. Utilizando o mesmo arsenal jurídico falacioso que a imprensa burguesa vem reproduzindo, Dodge afirmou que Lula seria inelegível e, portanto, sua candidatura inaceitável.
Lula não só é elegível, visto que está legalmente protegido pelo direito de ser candidato, como é o candidato mais importante e que corresponde às perspectivas de luta da maioria da população. Portanto, Lula não só tem o direito de ser candidato, como a defesa de sua candidatura se impõe como uma tarefa democrática na luta contra o golpe. Afinal, se a população de um país não pode sequer escolher seus governantes, significa que o regime político está tão apodrecido que não há mais como esconder a ditadura dos capitalistas sobre os trabalhadores brasileiros.
Para derrotar o golpe, não é possível esperar que os golpistas sejam “garantistas”, “constitucionais” ou obedeçam qualquer regra. A candidatura de Lula deve ser defendida nas ruas por todos os trabalhadores e setores democráticos até as últimas consequências.