A política de sucateamento da direção golpista da Petrobras, que tem em um dos seus pilares a demissão em massa de trabalhadores, está colocando em risco não só a vida dos petroleiros, mas também a vida da população.
É com vem denunciando, sistematicamente, o Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais (Sindipetro- MG) do riscos de operações feitas na Refinaria Gabriel Passos (Regap) que, devido ao baixo número de trabalhadores que operam na empresa, número, inclusive, abaixo do estabelecido conforme normas técnicas, ‘“a economia em postos de trabalho é insignificante perto do risco que correm tanto a força de trabalho quando a comunidade vizinha”, afirma o coordenador do Sindipetro-MG, Alexandre Finamori.’ (Site CUT 17/08/2020)
A direção do sindicato ainda alerta para os risco de uma tragédia, já anunciada, que irá atingir toda uma comunidade que se avizinha à refinaria. “O pior cenário de tragédia envolve o Craqueamento Catalítico Fluidizado (CCF), também conhecido como Secra. Uma falha nesse setor pode gerar uma devastação que extrapola a Refinaria, chegado até o bairro Riacho das Pedras em Contagem.Só o vazamento da mistura de gás combustível e sulfeto de hidrogênio (H2S) na HDT, pode resultar em uma nuvem tóxica fatal. A contaminação pode atingir um raio de 850 metros, afetando grande parte da força de trabalho e comunidades no entorno da refinaria, como é o caso dos bairros Petrovale, Petrolina e Cascata, em Ibirité.” (Idem)
Com a redução do número de funcionários na Petrobras, o que antes era operacionalizado por 6 funcionários agora apenas 2 executam esses trabalhos.
“Na última quinta-feira (6) foi registrada uma ocorrência com alto potencial de tragédia no Setor HDT, que escancarou o problema da redução do efetivo. Além disso, o incidente derrubou os argumentos hipócritas da gerência local, justificados apenas por uma lógica: sucatear para privatizar, acusa o Sindipetro-MG. Durante uma ocorrência operacional de parada das unidades de produção de hidrogênio, um operador da área (gasolina) foi chamado para operar no painel do Diesel 1, que naquele momento contava com mais um operador em treinamento. Antes da redução do número mínimo, atuavam seis operadores no painel e outros seis na área. Após a redução, ficaram somente quatro no painel. Ou seja, além dos quatro trabalhadores previstos no número mínimo, havia mais um em treinamento e outro foi convocado às pressas para ajudar na emergência. Além de deixar a área desprotegida, ao subir com um operador para o painel, a ocorrência revelou que a redução não atende as exigências de segurança, deixando evidente que o número mínimo ideal de operadores na HDT é seis. Para piorar a situação, as unidades são muito diferentes entre si e os operadores têm conhecimentos diferentes.” (Idem)
São sucessivas as emergências que estão ocorrendo na empresa em função da redução do quadro funcional na Petrobras. Recentemente a maior refinaria do país em capacidade instalada de refino, Reduc, devido a política criminosa do governo golpista e seus prepostos na direção da Petrobras, resultou num incêndio de grandes proporções em uma das unidade de destilação na refinaria Duque de Caxias.
As denúncias feitas pelos trabalhadores Petroleiros de Minas Gerais revelam que a situação é uma bomba relógio que está preste a explodir devido ã política do Governo golpista do fascista Bolsonaro e a direção da Petrobras que não se importam, minimamente, com a vida dos trabalhadores e da população.
A única forma eficaz de luta neste momento para impedir uma catástrofe anunciada, os ataques e a entrega das estatais ao capital estrangeiro, ao imperialismo, é a intensificação das mobilizações e organizar uma greve geral das empresas estatais. A vitória dos trabalhadores somente poderá estar assegurada se houver uma radicalização da luta através das ocupações das empresas, como medida de força para impedir as privatizações das estatais e barrar a entrega do patrimônio do povo brasileiro pelo governo golpista, capacho dos banqueiros e capitalistas estrangeiros.
É preciso lutar para impedir esse processo de destruição nacional realizado pela direita golpista. É preciso juntar-se ao clamor popular que exige nas ruas o fim do governo. As organizações dos trabalhadores e suas lideranças devem levantar a palavra de ordem que toma conta das ruas: Fora Bolsonaro e todos os golpistas. Eleições Gerais já.