Desde o início da luta contra o golpe, os setores mais consequentes da esquerda vêm alertando sobre a situação têm denunciado que o golpe não veio para atacar apenas Dilma, Lula ou alguns indivíduos, mas que se trata de uma ofensiva geral da burguesia para fortalecer a ditadura das classes dominantes contra a classe operária e a população em sua totalidade, e de todas as maneiras possíveis.
Isso fica cada vez mais claro à medida que o regime golpista se estende. Nesta segunda-feira, o presidente usurpador, o “vampirão” Michel Temer, sancionou um projeto que cria um Sistema Único da Segurança Pública (SUSP), isto é, um organismo para centralizar a repressão no país.
O SUSP será administrado pelo ministério da Defesa, controlado por um capacho das Forças Armadas, Raul Jungmann, e busca integrar os órgãos de segurança e inteligência (controlado diretamente pelos militares através do general de descendência golpista, Sérgio Etchegoyen); padronizar estatísticas, informações, procedimentos e outros tipos de dados; além de monitorar as ações efetivadas. Ou seja, é um sistema que centraliza para melhorar o exercício da repressão contra o povo.
Isso se dá em meio a uma das principais crises do governo golpista, em que Temer e sua corja foram colocados em xeque pela greve dos caminhoneiros, e diversas greves têm surgido em categorias operárias e trabalhadoras, como petroleiros, eletricitários e professores. Além do mais, acontece em plena ameaça de golpe militar no país, em que o exército controla praticamente quase todo Estado nacional, e coloca todos os três poderes sob pressão. Por isso, a centralização da repressão é mais um instrumento da burguesia para se prevenir contra uma ascensão da luta politica contra o golpe de estado.