Os eletricitários entraram em greve nessa segunda, 11 de junho. A greve dos trabalhadores da Eletrobrás é uma luta fundamental contra o processo de desmonte da empresa nacional, a que o governo golpista de Michel Temer quer entregar completamente para os grandes capitalistas internacionais.
A política de privatização da Eletrobrás, bem como da Petrobrás, é parte do golpe de estado, uma ofensiva do imperialismo contra a economia nacional, os sindicatos, partidos e movimentos de esquerda e suas principais lideranças políticas. Nesse sentido, a greve deve ter todo o apoio das demais categorias e suas organizações de luta.
A greve dos eletricitários também demonstra a necessidade da principal e maior organização de luta do País, a Central Única dos Trabalhadores, de convocar, de maneira imediata, uma greve geral. Nas últimas semanas vimos um aumento da mobilização em todo o território nacional com a greve dos caminhoneiros, a qual na prática levou a nocaute o governo golpista, bem como a greve dos petroleiros, um setor fundamental da economia brasileira. A mobilização dessas categorias, caminhoneiros, petroleiros e, agora, eletricitários, é um indício de um ascenso inicial da mobilização popular e da classe trabalhadora contra a política de terra arrasada e o próprio golpe de estado, que tende a se generalizar diante do agravamento da crise e da evolução política da situação.
Nesse sentido, reafirmamos a necessidade urgente da CUT convocar a greve geral e dar um direcionamento político a esse movimento da classe trabalhadora que começa a ganha força e se ampliar. A CUT pode cumprir um papel decisivo direcionando a greve, a mobilização dos trabalhadores, de maneira política, ou seja, colocando de maneira clara a necessidade de se derrotar o golpe de estado, o fim da perseguição política contra as organizações de esquerda, de conquistar a liberdade para o ex-presidente Lula e para todos os presos políticos do golpe.