O ex-presidente Lula, preso pelo regime golpista, continua liderando todas as pesquisas de intenção de votos para as eleições de 2018. Preso, sem uma campanha de rua, com uma série de limitações de comunicação, mesmo com tudo isso, nem mesmo a manipulação das pesquisas pode esconder seu enorme apoio popular.
A imprensa golpista, diante deste problema, tenta de todas as formas empurrar um candidato, uma ideologia para que uma parte dos eleitores desista de Lula e siga para uma “alternativa”, qualquer que seja ela.
Uma dessas tentativas é inflar o candidato da extrema-direita, Jair Bolsonaro. Um editorial publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo, escrito pelo direitista Denis Rosenfeld, tenta apresentar Bolsonaro como uma alternativa para os militares e para o povo diante da polarização e fracasso (segundo ele) das agremiações partidárias tradicionais, como o PT, por um lado, e o PSDB, por outro.
Rosenfeld tenta apresentar Bolsonaro como um candidato popular, que não seria da extrema direita, e que possui base social no próprio povo para ser eleito. Daí seu título: “A volta dos militares – Novidade histórica: os militares voltarão ao poder, pela via democrática”.
Muito pelo contrário, Bolsonaro é reconhecidamente um candidato da extrema direita, com pouca massa encefálica e menor ainda são as propostas que agradem o povo, para não dizer inexistentes, e é isso justamente o que o qualifica como da extrema-direita.
O eleitorado de Lula, conquistado em anos de atividade política, acima de qualquer projeção ou pesquisa dos organismos da própria burguesia coloca Lula na liderança da disputa eleitoral longe de qualquer segundo colocado. Esse apoio e a campanha em torno da liberdade de Lula é a prova real de que o povo não quer um militar no governo, aliás, não quer militar em lugar algum que não seja no quartel.
Existe no País um setor minoritário, e bem confuso, que pede a intervenção militar. A imprensa, que é especialista em falsificação, confere um gigantesco destaque para estas manifestações, justamente para criar artificialmente um apoio popular aos militares, que não passa disso: falsificação.
Por outro lado, a liberdade, candidatura e eleição do ex-presidente só será possível como resultado justamente da mobilização dessa ampla massa disposta a votar e lutar por Lula, lutar contra o golpe e suas instituições, lutar, inclusive, contra a extrema direita, nas ruas.