Da redação – O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio (Sintraturb) aderem a greve nacional dos rodoviários após receberem uma proposta miserável de apenas 4% de reajuste salarial do “sindicato das empresas” RioÔnibus que ignorou o restante de suas reivindicações.
As propostas do rodoviários são de aumento de 10% nos salários, pagamentos atrasados, plano de saúde e fim da dupla função.
A classe com uma das funções mais insalubres, sujeita a qualquer tipo de insegurança decorrentes dos problemas de trânsito e as questões sociais locais, com jornadas de trabalhos extensas e linhas de ônibus com curtas metas de tempo, a necessidade de plano de saúde é uma questão vital e um pedido necessário da classe que, também, é a que possui dos maiores números de casos de stress, depressão e crises de pânico.
Outra face do cinismo da “ RioÔnibus” é ignorar o pedido do pagamento de salários atrasados e o fim da dupla função (motorista-cobrador), prática que vem aumentando em nivel nacional. Atrasar o salário sem previsão de pagamento e desviar a função pela qual o trabalhador foi contratado são atitudes proibidas por lei e reivindicar a cessação dessas práticas é, novamente, um pedido mínimo da classe.
A paralização gradual no Rio de Janeiro, já sentida linhas regulares e dos BRTs (vias expressas) Transcarioca, Transoeste e Transolímpica, tem a ridicula posição da prefeitura à população de que essa deve “optar por outras formas de transporte”, ignorando a seriedade da greve e eximindo-se de dialogar com o povo os motivos da paralização e as estratégias que o governo tomará para atender os rodoviários.