Dois meses após a prisão do ex-presidente Lula, a pressão da burguesia para que os trabalhadores abandonem a luta contra o golpe tem sido imensa. Setores da esquerda golpista, como o PCdoB, vêm defendendo ferrenhamente um “plano B”, cuja principal figura tem sido a candidatura de Ciro Gomes, apontando que seria necessária uma frente ampla para “sair do isolamento.
Segundo os apoiadores de Ciro Gomes, a candidatura de Lula não atrairia setores da burguesia nacional, sendo, portanto, uma candidatura inviável. De fato, a candidatura de Lula representa um enfrentamento direto com a burguesia, mas é justamente por isso que ela deve ser apoiada pelos trabalhadores. Todos os setores envolvidos na luta contra o golpe, portanto, não têm outra opção a não ser apoiar incondicionalmente a candidatura de Lula.
De maneira correta, Lula decidiu continuar com sua candidatura. Em Contagem, Minas Gerais, a pré-candidatura de Lula foi lançada com presença maciça de várias lideranças do PT, bem como do apoio popular. Dessa forma, mais uma vez, a candidatura de Lula foi reforçada, levando a burguesia ao desespero.
A presidenta nacional do PT Gleisi Hoffman foi bem enfática na imprensa burguesa: “não tem plano B”, isto é, podem esquecer as operações abutres para enterrar s carreira do ex-presidente Lula. E é justamente essa política que deve ser levada adiante: nenhum acordo com os golpistas, é Lula ou nada!
Para garantir a candidatura de Lula e sua eleição para presidente, é necessária uma mobilização revolucionária dos trabalhadores. É preciso fortalecer os comitês de luta contra o golpe e exigir, mas ruas, a liberdade de Lula e a anulação do impeachment.