Faz mais de dois meses que os palestinos protestam na Faixa de Gaza, diante da cerca com Israel, por seu direito de voltar para as terras das quais suas famílias foram expulsas há 70 anos.
As manifestações da Grande Marcha do Retorno culminaram, no dia 15 de maio, no que os palestinos chamam de “Nakba”(catástrofe), uma referência à remoção à força de 750 mil palestinos de suas casa e vilarejos para a instalação de Israel em 1948.
Desde que os protestos começaram, em 30 de março, as forças de Israel mataram 124 palestinos e feriram mais de 13 mil pessoas no enclave sitiado.
A conta de mortos acaba de somar mais quatro.
Yousef al-Fasih, 29, foi morto a tiros quando protestava no leste da Faixa de Gaza.
Mais de 600 pessoas foram feridas pelas forças israelenses, incluindo o fotógrafo Mohammed Abed al-Baba, que levou um tiro na perna.
Al-Baba, que trabalhava para a agência de notícias AFP na Faixa de Gaza desde o ano 2000, levou um tiro enquanto, claramente, podia ser identificado como jornalista pelo colete e capacete de imprensa, a 200 metros da cerca a leste de Jabalia, no norte de Gaza.