Nesta sexta-feira (8), a Áustria decidiu que irá fechar sete mesquitas, financiadas pelo governo da Turquia. É mais um capítulo da perseguição aos muçulmanos no marco de um deslocamento à direita da Europa em crise. O governo austríaco alega que haveria “engajamento político” dentro das mesquitas, o que foi considerado pela Turquia uma atitude racista e contra o islamismo. A Áustria também expulsará líderes muçulmanos.
Em seu perfil do Twitter, Ibrahim Kalin, representante do presidente turco, Tayyip Erdogan, afirmou: ” O encerramento de sete mesquitas e a expulsão de imãs é o resultado da onda populista, islamofóbica, racista e discriminatória neste país”.
O chanceler da Áustria, Sebastian Kurz, que compõe o partido cristão conservador, anunciou o encerramento das mesquitas no país, onde pontuou que as mesma seriam “centros” onde crianças seriam doutrinadas para o “islã político”, ressaltando a mesquita de Viena, onde estaria havendo a reconstituição de cenas que remetem à história da batalha otomana, representada por crianças.
Tendo um posicionamento ainda mais incisivo declarou o chefe de governo da Áustria à imprensa: “Sociedades paralelas, o islão político e a radicalização não têm lugar no nosso país”. Os imãs (lideres religiosos) podem até perder a residência na Áustria, segundo afirmou Herbert Kickl, ministro do Interior.