A direção golpista do Banco do Brasil, sob o velho argumento de “sustentabilidade” para a cassi, pretende onerar ainda mais os trabalhadores, diminuir a contribuição patronal, e abre caminho para transformar o plano de saúde, construído pelos trabalhadores, com as mesmas características das empresas do mercado.
O Banco do Brasil divulgou no dia 1° de junho para todos os seus funcionários através do Boletim pessoal a proposta inicial do banco que “decorreu da conclusão do Diagnóstico elaborado pela empresa de consultoria, Accenture”. (Boletim Pessoal do BB 01/06/18)
Segundo a nota do banco “o diagnóstico da Accenture revelou que a Cassi carece de mudanças significativas para resolver limitações estruturais que se agravam ao longo do tempo e provocaram os déficits hoje existentes”.(idem) Dentre as propostas estão: fim do regime de solidariedade do plano em que aposentados e ativos (e seus respectivos dependentes) descontam o mesmo percentual de 3% dos seus vencimentos passando a impor a cobrança por dependentes, cobrança diferenciada por faixa etária, aumento da contribuição para 4%.
O banco ainda propõe, com o nome pomposo para enganar os mais incautos, o “voto de qualidade” que na verdade significa o velho voto de minerva que retira completamente o poder de decisão dos trabalhadores.
Vale ressaltar que a empresa de Consultoria Accenture, contratada pela direção do banco, é uma empresa norte americana fundada na cidade de Chicago 1989 como Andersen Consulting, maior empresa de consultoria do mundo e que esteve envolvida no escândalo de fraudes contábeis da Eron, companhia de energia americana, que decretou falência e arrastou consigo a Arthur Andersen, que fazia a sua auditoria.
Recentemente foi empossada os novos dirigentes “eleitos”, em um processo totalmente fraudulento controlado diretamente pela direção do banco, uma chapa que era composta por funcionários aposentados, todos, sem exceção, exerceram altos cargos de chefias, ou seja, uma chapa patronal. Se diziam “independentes” de partidos, sindicatos, associações (traduzindo: descolada das organizações dos trabalhadores) e por trás dessa independência a completa subserviência à diretoria do banco e sem dúvida ligada a partidos golpistas de direita tais como o PSDB, PMDB, PP, etc.
São “representantes” com propostas totalmente antagônicas aos interesses dos trabalhadores, mesma política defendida pelo governo golpista de Michel Temer de que os representantes das organizações dos trabalhadores devem ter um perfil técnico voltado para o mercado, diga-se, entregar o controle da Cassi nas mãos dos banqueiros privados. Uma prova disso é o primeiro ponto do programa da chapa sobre o novo modelo de custeio para o Plano de Associados: propõe que a taxa de contribuição não seja fixada no Estatuto da Cassi, mas sim nos orçamentos anuais, com base na realização de um estudo atuarial prévio, que aponta qual o montante previsto para o próximo exercício, denominado ‘receita de equilíbrio. Esse foi mais um passo dado pelo banco na tentativa de consolidar o golpe na categoria e atacar o plano de saúde dos seus funcionários.
Os funcioários do Banco do Brasil estão diante de um momento decisivo. É necessário lutar para derrotar os planos dos golpistas de liquidação do plano de saúde construído pelos trabalhadores, que vem sendo atacado sistematicamente pela política de rapina da direção do banco. Somente a luta contra a direção do banco é que irá manter a Cassi. Foi a iniciativa e a luta dos trabalhadores do BB que conquistou a Caixa de Assistência e todos os seus direitos e será com a mobilização que esses direitos serão garantidos.