Após a revelação da existência de um grupo no aplicativo WhatsApp que auxilia mulheres a realizarem aborto, a questão pela legalização do aborto no país se torna ainda mais latente.
O grupo composto por inúmeras mulheres, tem por finalidade fornecer informações e instruções de como as mesmas podem realizar o aborto com medicamentos abortivos e que por consequência são proibidos no país uma vez que há a criminalização do aborto. Ao que se sabe, são centenas de mulheres todos os meses a procura dos medicamentos oferecidos pelas responsáveis pelo grupo.
Isso demonstra o que de fato a proibição do aborto representa, uma lei que está totalmente contra a vontade de mais da metade da população, representada pelas mulheres. A lei que hoje vigora no Brasil, muito minimamente contempla as mulheres, além das diversas restrições. Ainda que se apresente situação similar ao que a lei permite são milhares as mulheres que não conseguem realizar o procedimento de maneira legal.
Logo, o fato expressa que a legalização é uma necessidade reivindicativa das mulheres que é real e concreta e por isso uma questão de saúde pública. As mulheres que procuram pelos serviços, demonstram na prática no que representa o desemparo do estado diante da questão da mulher. Diversos casos puderam mostrar que inúmeras mulheres também acabam desistindo do processo por terem complicações e precisarem ir ao hospital, que por conseguinte as denunciariam ao detectarem que as causas fossem por tentar iniciar um aborto.
Por isso, essa reivindicação na luta das mulheres é a mais emergente, é preciso se organizar diante da luta política, toda a opressão da mulher está regimentada pelo sistema capitalista. Por tanto, somente o movimento de mulheres organizado com essa política será capaz de travar a luta real, que de fato irá suprir as necessidades que hoje são massacradas pelos golpistas dentro do estado burguês.