Depois de ter perdido uma moção de censura do parlamento espanhol, em decorrência de práticas de corrupção e caixa dois por parte de seu partido, o conservador Mariano Rajoy, do Partido Popular (PP), foi destituído nesta sexta-feira (1º) do cargo de primeiro-ministro da Espanha, e, em seu lugar, assumiu o esquerdista Pedro Sánchez, do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE).
A esquerda espanhola conseguiu se unir e somar votos suficientes no processo de moção para derrotar o governo direitista, mas a situação política do país se mantém instável.
Nos próximos dias, Sánchez deve enfrentar problemas para aplicar seu plano de governo. Pesam contra ele o fato de não ter vencido as eleições, não ser deputado e ter o apoio parlamentar de somente 84 deputados.
O novo premiê também se vê obrigado a dialogar com os separatistas catalães, que apoiaram a derrubada de Rajoy, bem como a chamar novas eleições, outra exigência da coligação oposicionista do antecessor.
O cenário é de incertezas, vez que, a todo momento, a extrema-direita europeia ameaça tomar conta do poder de algum país do continente, como ocorreu na Itália.