Passados mais de 10 dias da prisão do ex-presidente Lula, a mobilização nacional em torno da sua libertação aumenta a cada dia.
A direita golpista, que esperava o arrefecimento da luta, viu que o tiro saiu pela culatra.
Não apenas nacionalmente a campanha pela sua libertação nacional ganha mais e mais adeptos, como é manifesta a tendência a uma evolução de um amplo setor, principalmente na base do PT, que não acredita que a luta pela sua libertação tenha como eixo a pressão sobre as instituições golpistas, em particular o Judiciário, mas sim, a partir de uma massiva mobilização nacional que seja capaz de derrotar o golpe.
Sem dúvidas que o acampamento de Curitiba é hoje a expressão maior dessa luta. Já são centenas de trabalhadores acampados nas proximidades da Polícia Federal. Não é à toa que o prefeito golpista da cidade conseguiu nos tribunais de exceção controlados pela gangue do juiz Sérgio Moro (o “Mussolini de Maringá”) o despacho de uma liminar autorizando uma multa de R$ 500 mil por dia às entidades que ajudam a organizar o acampamento.
A resposta dos trabalhadores não tem de ser outra que “ampliar em escala exponencial o número de acampados”. Curitiba deve ser transformada em uma panela de pressão.
Uma questão que a coordenação da ocupação deveria discutir é a de promover comandos destacados dos acampados para, em conjunto com a militância, sindicatos, partidos e os comitês de luta contra o golpe de Curitiba organizem atividades de agitação e propaganda nas fábricas e nos bairros populares da grande Curitiba visando ampliar a participação dos trabalhadores e da juventude no acampamento.
Atividades como essas servem também como mobilização para transformar a atividade do 1º de maio no maior ato público da história da cidade.
A cidade deve se transformar no bastião de resistência contra a prisão de Lula, portanto a palavra de ordem central da militância que luta contra o golpe deve ser “Ocupar Curitiba até Lula ser solto!”