O trabalhador sem-terra Joacir Fran Alves da Mota foi assassinado a tiros na noite do dia 4 de março por pistoleiros que continuam atuando para expulsar os sem-terra do latifúndio Santa Lúcia, no município de Pau D`Arco, sudoeste do Pará.
A fazenda Santa Lúcia foi palco de um massacre realizado por policiais civis e militares a mando dos latifundiários que resultou no assassinato de 10 trabalhadores sem-terra. Após o massacre, vários integrantes dos acampamentos e lideranças tiveram que fugir diante das ameaças de morte e duas outras lideranças foram assassinadas após o massacre.
O assassinato de Joacir Mota, mais uma vítima dos esquadrões da morte formado por policiais, pistoleiros e latifundiários, continuam atuando livremente com a anuência do governador golpista Simão Jatene (PSDB) e da Justiça. Os latifundiários e grileiros de terra estão atuando abertamente devido esse apoio, pois não estão se sentindo ameaçados, numa região que está com várias entidades de direitos humanos e órgãos governamentais devido ao massacre ocorrido em maio do ano passado.
Apesar de toda a violência e ameaças, os trabalhadores sem-terra continuam ocupando o latifúndio Santa Lúcia e lutam pela sua desapropriação. Diante dessas ameaças os trabalhadores sem-terra necessitam que o seu direito a autodefesa seja colocado em prática.