A direita Argentina, que conseguiu em dezembro de 2015 dar um golpe no país através da eleição fraudulenta do capacho do imperialismo americano, o burguês Mauricio Macri, vem avançando no ataque aos direitos dos trabalhadores argentinos, da mesma forma como acontece no Brasil com os golpistas do governo de Michel Temer.
No mês passado, os golpistas argentinos, mostrando estar mais avançados que os golpistas brasileiros conseguiram aprovar no Congresso argentino a famigerada “reforma previdenciária”, uma exigência dos banqueiros internacionais que estão por trás de todos os golpes de estado que foram impostos nestes últimos anos, no Brasil, Paraguaia, Honduras etc.
A direita argentina, diferente da direita brasileira que está nesse momento na defensiva, diante da popularidade de Lula, maior representante popular do país, está confiante e provocadora.
Nos últimos dias, os golpistas argentinos, após uma manifestação popular acusaram o PO (Partido Obrero) de estar promovendo ações de terrorismo, com a acusação infundada de instalação de bomba caseira próximo à sede da Polícia. Chegaram ao ridículo de deixar junto à suposta bomba, um pacote de panfletos com assinatura falsa do PO, escrito com um linguajar típico da direita.
Uma típica provocação de direita, para tentar jogar a opinião pública contra o grupo de esquerda argentino e depois forjar uma repressão estatal a uma organização que se reivindica revolucionária, marxista, leninista e trotskista, ou seja, que nada tem de terrorista.
O dirigente do PO, Jorge Altamira foi convidado para um programa de televisão na Argentina para se explicar de uma acusação totalmente infundada, aonde refutou as acusações esdrúxulas, denunciando uma coisa óbvia, de que o partido não tem como prática de fazer e muito menos colocar bombas para atingir o governo golpista de Macri e ainda, mais – o que seria totalmente ridículo – deixar panfletos junto à bomba para assumir a autoria do “atentado”.
É necessário que todas as organizações de esquerda da América Latina, como de outros países se coloquem contra essa provocação da direita argentina ao Partido Obrero (PO) e à toda esquerda, denunciando a farsa e a tentativa de usar o PO como “bode expiatório” para uma repressão generalizada a todos os ativistas e organizações dos trabalhadores argentinos que nesse momento lutam contra o golpe e os ataques que estão sendo realizados aos direitos dos trabalhadores argentinos.