A movimentação contra a condenação do ex-presidente Lula tem crescido exponencialmente, mobilizando, em todo o país, diversos segmentos envolvendo políticos, juristas, artistas, sindicalistas intelectuais e populares.
Os juízes do Tribunal Regional Federal da quarta Região (Rio Grande do Sul) marcaram para o dia 24 de janeiro – provavelmente com início previsto para o período da manhã – o julgamento do recurso impetrado pela defesa do ex-presidente, num dos processos mais controversos da justiça brasileira dos últimos tempos.
Na verdade, a peça acusatória produzida pelo juiz Sérgio Moro e que será objeto de julgamento no TRF4, nada tem de jurídica, sendo na verdade uma grotesca farsa judicial, com amplo conteúdo político, o que por si só já caracteriza uma perseguição à mais importante liderança operária e popular do país.
Ainda que a manobra em marcar o julgamento em tempo recorde em relação a outros recursos e também o período em que irá se dar a apreciação do recurso seja, tradicionalmente, um período de desmobilização dos movimentos, o que se observa é que há toda uma intensa mobilização para fazer do dia 24 um marco importante na luta contra o golpe de estado e em defesa de Lua, do PT e da esquerda em seu conjunto.
Já há todo um clima bastante favorável à uma ampla mobilização, com um calendário de atividades que inclusive antecedem o dia 24, numa estratégia de preparação para o dia do julgamento. Em todo o país, os movimentos se organizam para garantir a presença em Porto Alegre no dia do julgamento.
Um dos segmentos mais importantes e ativos nesta campanha em defesa do ex-presidente tem sido os artistas. “Juntos, vamos alçar a nossa voz. Juntaremos a nossa força e estaremos nas ruas”, diz o ator Osmar Prado (site Poder 360, 07/01). No vídeo gravado, outros artistas (Sérgio Mambertti, Beth Mendes, Chico César) também se pronunciam em defesa de Lula e contra a condenação do ex-presidente. Também participam da campanha outros atores globais, como Tonico Pereira e Maria Casadevall.
Portanto, todas as energias devem estar concentradas e direcionadas para a realização de um gigantesco ato em Porto Alegre, no dia 24 de janeiro. Todas as organizações operárias, sindicais, populares, do campo, da cidade, estudantes, mulheres e negros devem envidar todos os esforços para organizar centenas de caravanas, garantindo a presença de milhares de manifestantes para impedir a condenação e a prisão do ex-presidente Lula.