O assassinato brutal realizado pela direita fascista de Santa Catarina do indígena Marcondes Namblá Xokleng, no município de Penha (SC) não é um fato isolado ou pode ser considerado como uma fatalidade.
Os indígenas sempre foram perseguidos no Estado, mas após o golpe essa situação se agravou em todos os sentidos. Desde 2016 houve diversos fatos que revelam que a campanha contra os povos indígenas realizada pela direita fascista estimulou as ações de pistoleiros, indivíduos com comportamento fascista e a justiça golpista.
No dia 30 de dezembro de 2015, após uma intensa campanha da direita contra o governo do PT e suas políticas sociais, na cidade de Imbituba um indígena de apenaa seis anos foi degolado na madrugada em frente a sua mãe. A cacique Márcia Rodrigues, da aldeia Condá, em Chapecó (SC), mesma aldeia da criança indígena assassinada, reclamou na época do comportamento dos policiais sobre o caso e afirmou que “ foi coisa de branco neonazi que odeia índios”.
No dia 30 de maio de 2017, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) anulou, a Portaria nº 2.747/2009 do Ministério da Justiça, que reconhecia e demarcava como terra indígena o aldeamento de Tarumã, localizado na região de Joinville (SC). Apesar dos estudos realizados por especialistas através da perícia antropológica e o cumprimento de todos os passos para a demarcação da terra indígena, a 3ª Turma declarou a inexistência da posse tradicional dos índios da etnia Guarani Mbyá. Um dos fatos mais graves do ano, pois a anulação de terras indígenas abriu precedentes para todas as terras indígenas demarcadas ou em processo.
Outro local que está prestes para ser palco de mais violência contra os povos indígenas é a Terra Indígena Morro dos Cavalos, localizada em Palhoça (SC). Os indígenas da etnia Guarani Mbya e Guarani Nhandeva sofrem constantes ataques de pistoleiros, invasões e têm os bens incendiados.
Juntamente com esses fatos, políticos da direita do PMDB, PSDB e DEM realizam constantes campanhas para incitar outros fascistas a atacarem os povos indígenas de Santa Catarina, inclusive do Oeste do Estado, palco de grandes conflitos. A direita fascista se utiliza dos meios de comunicação da imprensa burguesa para fazer a campanha.
Esses são alguns fatos que revelam que a direita fascista após o golpe está cada vez mais ativa e violenta. A ação do judiciário golpista e do Estado burguês está colocando os fascistas diretamente contra os povos oprimidos, em particular os povos indígenas, setor mais explorado da sociedade.
A direita fascista quer acabar com as demarcações de terras indígenas e com os povos indígenas, e vão colocar esse plano em prática com os golpistas. Portanto está na ordem do dia organizar os povos indígenas de Santa Catarina para garantir seu direito de autodefesa e lutar para derrotar o governo golpista.