A situação da pandemia no País permanece crítica e se aprofunda desde seu início. O Brasil já possui o lastimável número de mais de 100.000 mortos e neste mês não passou um dia em que não morresse menos de mil pessoas decorrentes do novo coronavírus.
É uma guerra que atinge todos os brasileiros, toda população sofre exposta ao vírus, mas também os trabalhadores sofrem com o desemprego crescente, que é maior do que o número de empregados pela primeira vez em toda história brasileira, os cortes salariais, a retirada de direitos fundamentais, etc. Isto é, além da política genocida de todo aparato estatal, os capitalistas empurram a crise para os ombros da classe trabalhadora de conjunto.
Desde o golpe de Estado de 2016, a situação só se aprofunda contra a classe trabalhadora. A pandemia intensificou exponencialmente essa crise, fazendo com que a violência da burguesia se acentuasse drasticamente. Em plena pandemia, a água do País foi privatizada, mais direitos trabalhistas foram destruídos, demissões em massas se espalham, os ônibus são reduzidos, o patronato corta salários à vontade, etc. Além de que no mesmo caminho aprofunda-se a repressão contra a população através da Polícia Militar, que na pandemia está matando e reprimindo aos montes para conter a população durante a crise. Há também a própria espionagem do Estado que contra a população, coisa tipicamente ditatorial.
Está claro que, para manter esses ataques, o regime tende a se fechar. Diante de uma esquerda defensiva e do clima político reacionário do golpe de Estado, a situação se aprofunda a passos largos. E tende a piorar, tendo em vista que há uma desmobilização da esquerda de conjunto e uma ofensiva dos setores direitistas e do fascismo, isto é, a burguesia avança rapidamente contra o povo. E não deixará nada além dos seus lucros obscenos e uma miséria crescente das massas populares.
Diante dessa situação, é preciso romper a paralisia e chamar uma Assembleia Popular imediatamente. É preciso combater os setores oportunistas e pressionar para uma mobilização de conjunto da população para a único caminho democrático possível para ela: a queda de Bolsonaro e de todos os golpistas.
As organizações sindicais, como a CUT e os movimentos populares da cidade e do campo, como MST, CMP, etc. juntamente com os partidos de esquerda, precisam convocar a Assembleia Popular, que tenha como objetivo oferecer um programa de luta contra o coronavírus. O governo Bolsonaro, o regime político e a burguesia continuarão com sua política genocida e só será possível barrá-la pela força da organização dos trabalhadores.