Ainda nesta semana este Diário noticiou o aumento do contágio nas plataformas da Petrobras e, especificamente em relação à P-50, no campo de Albacora Leste, na Bacia de Campos, quando 13 trabalhadores, dentre efetivos e terceirizado desembarcaram no continente após testarem positivo para o novo coronavírus. E já afirmávamos, naquela ocasião, que os números deveriam ser muito maiores.
Bem… o que dissemos agora se confirmou. Dados do Sindpetr-Norte Fluminense noticia que 42 trabalhadores que estavam na plataforma P-50 testaram positivo para o Covid-19, entre os dias 30 de julho a 05 de agosto.
Para a Federação Única dos Petroleiros (Fui) “a alta contaminação na P-50 confirma as falhas nos protocolos de saúde e segurança para a Covid-19 adotados pela Petrobras para os trabalhadores que atuam nas plataformas marítimas e unidades terrestres da companhia” (site FUP 06/07/2020)
O governo genocida de Bolsonaro, porta voz dos capitalistas nacionais e internacionais, decretou um verdadeiro morticínio no país pelo Covid-19, por conta da sua política de favorecimento à burguesia, onde já matou mais de 100 mil pessoas (dados oficiais) com mais de 3 milhões de infectados. São mais de mil e duzentas mortes todos os dias.
O contágio nos trabalhadores da Petrobras vem se espalhando como rastilho de pólvora, sem nenhum tipo de controle, colocando em risco os trabalhadores e suas famílias. A gestão da Petrobras se recusa a atender as medidas de prevenção cobradas pela FUP, principalmente, a testagem em massa de todos petroleiros, inclusive os assintomáticos.
Num momento de risco elevado, a empresa continua ignorando as condições precárias dos petroleiros e mais ainda dos terceirizados, cuja exposição à contaminação pelo coronavírus é muito maior. O aumento exponencial do contágio do coronavírus na Petrobras está diretamente associada ao desmonte da empresa, com vista à sua privatização.
Há um aumento sistemático da contaminação na categoria, praticamente todos os dias estão sendo noticiadas novas infecções nas diversas dependências da empresa. Falta tudo nas dependências: álcool gel; mascaras, (o próprio trabalhador é obrigado a levar a sua).
As medidas de proteção devem ser tratadas com a devida urgência, já que se trata de um ambiente extremamente propício para a propagação da doença. Para evitar que haja mais mortes pela contaminação é necessário organizar a greve da categoria enquanto persistir a mínima possibilidade de contaminação no ambiente de trabalho. Somente a luta da categoria, através dos seus métodos tradicionais da classe operária, poderá conter a política genocida da direção da empresa. Nesse momento só a greve nacional de toda a categoria será capaz de deter a sanha assassina do governo Bolsonaro. Se os trabalhadores podem trabalhar também podem fazer greve e se manifestar.