A ideia de mandato coletivo tem sido amplamente propagado entre a esquerda pequeno burguesa nas eleições e a cada eleição que passa é colocada novos “mandatos coletivos”, e que vão longe como “mandatos coletivos feministas, trans, negrxs e por aí vai.
A esquerda pequeno burguesa dentro do PCdoB, PDT, PSOL e PT lançam dezenas de mandatos coletivos que não apresentam nenhuma proposta inovadora e somente reforçam que os partidos da esquerda não possuem nenhum programa a ser seguidos pelos seus candidatos.
As eleições é um vale tudo para ganhar votos e apoio de setores da classe média direitista que se apegam a questões irrevantes. Isso porque os mandatos coletivos são apenas uma ferramenta para fazer demagogia eleitoral, em primeiro lugar porque sempre um candidato tomará conta do mandato ou o grupo bem reduzido seguirá a sua politica independente do partido em que foram eleitos sem seguir o programa do partido.
Ou seja, os mandatos coletivos são apenas uma maneira de fazer demagogia nas eleições, mas que são a mesma forma de fazer política tradicional da burguesia, como outras modas eleitorais, como defesa do meio ambiente ou dos direitos dos animais, em que burguesia se utiliza de questões ‘éticas’ e ‘morais’ para obter votos.
Não adianta nada possuir mandatos coletivos se a política não é correta, não a ver- de fato – a ver com os interesses coletivos da classe trabalhadora e demais setores explorados. É como um parlamentar negro e que não defende o direito da população negra. Como é caso, dentre tantos, do mandato de Fernando Holiday (DEM-SP), negro que defende o fim de todas as conquistas do povo negro e chama racismo de ‘mimimi’. O mandato coletivo vai no mesmo sentido.
O importante é o programa do partido. Daí podemos ter confiança na postura dos parlamentares de determinado partido, caso a saída seja mandatos coletivos onde não se aplica o programa do partido, essa composição é apenas mais uma forma de participar das eleições sem nenhuma defesa dos trabalhadores e mostra que a esmagadora maioria dos partidos da esquerda não possuem um programa e nem exigem dos seus candidatos seguir uma política determinada. É um vale tudo eleitoral.
Tem que ficar claro que o significado de mandato coletivo não é romper com as candidaturas burguesas e tradicionais, pois não é porque é coletivo (onde apenas meia dúzia de pessoas tomam as decisões) que deixa de ter as características das candidaturas burguesas e de ataques aos trabalhadores.