O governo encabeçado por Jair Bolsonaro é uma ameaça grave e direta às condições de vida da classe trabalhadora. Mesmo assim, há setores da esquerda pequeno-burguesa que desejam “boa sorte” e “sucesso” ao presidente da fraude, como o representante da ala direita do PT, Fernando Haddad, e outros que afirmam que não se pode pedir a derrubada do fascista por considerarem o presidente golpista como “democraticamente eleito”, como Guilherme Boulos, do PSOL. Se a esquerda e as organizações operárias seguirem qualquer uma dessas orientações, estarão cavando sua própria cova. A ordem colocada, desde o primeiro dia de mandato do golpista, para a esquerda é a derrubada imediata deste governo.
Contrapondo-se à esquerda que deseja e reconhece legitimidade em Bolsonaro, daremos neste artigo alguns motivos para lutar pelo “Fora Bolsonaro” desde já:
1. Em seu primeiro dia de governo, reduziu o salário mínimo já aprovado pelo Congresso
No dia de sua posse, Bolsonaro já deu uma amostra de como será o seu governo: de um reajuste do salário mínimo aprovado pelo Congresso Nacional que aumentava o salário mínimo para R$ 1.006,00, o presidente da fraude roubou R$ 8 dos trabalhadores, rebaixando a remuneração para R$ 998,00.Esta medida é o cartão de visita dos golpistas, que já mostram que seu governo será o pior para a classe trabalhadora, que atacarão a população em todos os aspectos, como manda sua cartilha neoliberal.
Não há perspectiva de melhoria para um presidente que já inicia o governo atacando o salário mínimo. Esta demonstração do fascista por si já é motivo para pedir sua derrubada, mas passemos para os outros motivos.
2. Bolsonaro quer dar seguimento à “reforma” da Previdência de Temer
O governo do Capitão da Reserva é uma continuação mais bizarra do governo do golpista Michel Temer. Abraçar a “reforma” da Previdência, que planeja impor uma idade mínima para a aposentaria (62 anos para homens e 57 para mulheres) é uma demonstração dessa continuação do governo golpista de Temer.
O mantra do governo Temer, “não pense, trabalhe”, também é incorporado pelo atual governo fraudulento; querem que os trabalhadores trabalhem até morrer, sem direito à aposentadoria, com cargas horárias do século XIX e salários mínimos de fome.
Para ter suas mínimas condições para viver, a classe trabalhadora deve se levantar contra Bolsonaro.
3. “Justiça” só para o patrão: Bolsonaro extinguirá a Justiça do Trabalho

Em aparição em seu canal oficial (não, não é o Twitter), o SBT — sigla para Sistema Bolsonaro de Televisão e às vezes para Sistema Brasileiro de Televisão — o presidente da fraude anunciou que “estuda” acabar com a Justiça do Trabalho, um dos únicos aparatos em que os trabalhadores poem se amparar contra os ataques dos patrões.
Juntando-se ao fim da legislação trabalhista, também planejado pelos golpistas, os trabalhadores perderão toda sua garantia de direitos e ficarão totalmente reféns dos ataques da burguesia, que empurrará toda a conta da crise para eles. Estranho desejar boa sorte para um governo com estes planos, não?!
4. Bolsonaro extinguiu Conselho de Segurança Alimentar
Além de querer a população nas piores condições trabalhistas, o fascista também quer ela comendo alimentos, no mínimo, duvidosos.
O Conselho de Segurança Alimentar, extinto por Bolsonaro, é uma garantia de que a burguesia, a qual preocupa-se apenas com seus lucros, não produza alimentos de qualidade terrível para vender à população.
Com esta decisão, Bolsonaro mostra que sua preocupação única e verdadeira é com os lucros capitalistas.
5. Submissão: Bolsonaro admitiu instalar base dos EUA no Brasil
Em entrevista ao SBT, o presidente fascista admitiu também que planeja instalar uma base militar para os EUA em território brasileiro. A notícia confirma a total submissão de Bolsonaro ao governo norte-americano, fazendo com que o mesmo não apenas governe o Brasil politicamente, mas também tenha um domínio militar do território.
Esta medida também visa atacar outros países da América Latina, como Venezuela, facilitando os golpes do imperialismo norte-americano aos vizinhos do Brasil.
Esta decisão mostra também o delírio da esquerda pequeno-burguesa ao reconhecer Bolsonaro como legítimo: este governo nem brasileiro é.