O país mais importante do mundo, os EUA, continuam a surpreender (de maneira negativa) toda a população mundial com os números apresentados durante a pandemia do Coronavírus. Na última quinta feira, o país bateu o recorde de número de mortes em um único dia, passando a marca de 4 mil óbitos e chegando a 4.033.
O dia anterior (7) também registrou o número de 274.703 casos, perdendo somente para sábado passado (2), em que 301.858 casos foram registrados. Além disso, na semana passada, o país também bateu outro recorde, o de maior número de mortes causadas pela doença no período de sete dias, com 19.418 pessoas perdendo suas vidas.
Hoje com 365 mil mortes causadas diretamente pela doença, sem contar os casos de pessoas que morreram por conta da situação trágica causada pela superlotação nos hospitais e outros problemas intensificados pela pandemia, o número de óbitos pode atingir 438 mil no final de janeiro, segundo algumas projeções do país.
Sobre isso, Anthony Fauci, o próximo conselheiro médico chefe no governo Joe Biden, disse acreditar que as mortes realmente irão aumentar e muito na medida em que o primeiro mês do ano passa.
A cidade de Los Angeles é o foco principal da doença. A capital da Califórnia determinou, inclusive, que não sejam transportadas para o hospital as pessoas que tiverem poucas chances de sobreviver, segundo a opinião dos profissionais da saúde que estiverem realizando o atendimento. Isso por conta da falta de leitos e da falta de ambulâncias.
Outra situação aberrante é o caso das aplicações de vacina. Com o sistema de saúde em um caos completo, estudantes da área da saúde e bombeiros vêm sendo chamados a poder aplicar as vacinas no povo. Em troca, os estudantes estão recebendo descontos nas mensalidades das universidades, já que o país não consegue ao menos ter universidades públicas e pagar para que apliquem as injeções.
Ao contrário dos EUA, países muito atrasados em relação a qualquer país imperialista, como são os casos de Cuba, China e Vietnã, têm tido muito mais sucesso em se tratando da pandemia.
A China, país com uma população 4 vezes maior que a dos Estados Unidos, teve somente 4.600 mortes por conta da pandemia em um ano, enquanto os EUA tiveram esse mesmo número em apenas um dia.
Já o Vietnã, país que não é pouco populoso, tendo cerca de 1 terço da população dos Estados Unidos, tem apenas 35 mortos pela doença, estando já há 130 dias sem ao menos uma única morte.
Cuba, a pequena ilha que sofre com o embargo econômico dos EUA, não só tem pouquíssimas mortes causadas pela doença, com apenas 135 mortos, como também produz 4 vacinas e chegou a exportar médicos para países de todo o mundo, incluindo países imperialistas, para poder lutar contra a pandemia.
Outros países que se destacam na luta contra o coronavírus são Coreia do Norte e Venezuela, países que aparecem como grandes ditaduras nos noticiários da imprensa burguesa. Fica claro de perceber que a “ditadura” apontada pela imprensa, nada mais é que a impossibilidade dos capitalistas ficarem ricos matando a população.
O país mais rico do mundo surpreende pelos números, mas não é uma surpresa tão grande assim caso analisemos as condições sanitárias do país. Os EUA possuem um dos piores sistemas de saúde do mundo, completamente privatizado e que não garante a mínima chance de sobrevivência para a maioria da população em caso de doenças, já que os custos de tratamento são absurdos.
Tudo isso favorece que, não somente as pessoas que não possuem dinheiro para pagar o tratamento fiquem desamparadas, mas toda a população do país, já que não são feitos investimentos que permitam o aumento de leitos, que forme profissionais de acordo com a necessidade do país e etc.
Os sistemas de saúde públicos, por outro lado, não têm a contradição de terem que gerar lucro para os capitalistas ao mesmo tempo em que têm de tentar dar uma condição mínima de saúde para o povo. Ao contrário, como não tem de gastar o mínimo, gerando o máximo de receita, as empresas públicas de saúde adquirem um valor social, que permitem todo o investimento estatal seja revertido em formação, aumento da infraestrutura dos hospitais, pesquisas, distribuição de vacinas e outros.
É importante ressaltar o aspecto privado do sistema de saúde dos EUA, já que aqui no Brasil o governo de Jair Bolsonaro tem como uma de suas metas a privatização do nosso sistema de saúde. Aqui, a burguesia busca sucatear ao máximo o SUS para garantir a privatização. Prova disso foi a tentativa no de privatização do sistema já no final do ano passado por parte de Bolsonaro, que acabou voltando atrás por perceber que a resistência seria muito grande neste momento.
No caso dos EUA, um país a ponto de explodir completamente, sobretudo após a invasão do Capitólio em Washington por parte de apoiadores de Trump, é preciso que a classe operária se organize e tome as rédeas da situação, estatizando todo o sistema de saúde e retirando todos os vampiros capitalistas que sugam os trabalhadores, inclusive nos momentos que eles mais precisam.